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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

VEJA: a reportagem especial sobre a tragédia de Congonhas

A VEJA chega com uma pergunta pertinente na capa: “Até quando?”. A imagem é a pira em que morreram duas centenas de pessoas. Um trabalho rigoroso de reportagem, cujo mérito principal é organizar as informações da tragédia, notavelmente desencontradas, e o debate sobre a segurança da aviação comercial no Brasil. VEJA foi a campo, colheu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h17 - Publicado em 21 jul 2007, 05h23
A VEJA chega com uma pergunta pertinente na capa: “Até quando?”. A imagem é a pira em que morreram duas centenas de pessoas. Um trabalho rigoroso de reportagem, cujo mérito principal é organizar as informações da tragédia, notavelmente desencontradas, e o debate sobre a segurança da aviação comercial no Brasil. VEJA foi a campo, colheu todas as informações disponíveis da tragédia e as submeteu a um grupo de dez especialistas. Vale a pena conferir o resultado. Dos dez ouvidos, sete afirmam, por exemplo, que o avião sofreu, sim, aquaplanagem. Leia as reportagens para saber como se chegou a estas conclusões:

• O piloto do Airbus não cometeu imperícia, ao menos até o momento em que a aeronave tocou a pista do Aeroporto de Congonhas na tentativa de pousar. Tanto a velocidade de aproximação do solo quanto o ponto em que ele tocou a pista estavam corretos.
• É pouco provável que a velocidade anormal com que o Airbus seguiu depois de tocar o solo se deva a uma tentativa do piloto de arremeter (voltar a decolar). É mais provável que a alta velocidade fosse resultado de uma aquaplanagem ou de uma falha no sistema de freios.
• O desvio para a esquerda que o avião fez no fim da pista não foi uma tentativa de dar um cavalo-de-pau para frear a aeronave. A trajetória reconstituída pela reportagem permite concluir que não houve uma manobra brusca desse tipo, e sim um desvio gradual do eixo central da pista.
• Quaisquer que tenham sido as causas do acidente, é certo que o Airbus foi prejudicado pela ausência de uma área de escape na pista de Congonhas.
• O sistema de frenagem da aeronave não estava operando com 100% da sua capacidade, já que a companhia admite que o reverso da turbina direita estava desativado. Esse recurso, no entanto, não teria sido suficiente para parar o avião.
• O fato de a pista principal de Congonhas não ter grooving (sistema de ranhuras na pista que permite o escoamento da água em caso de chuva) pode ter influído de maneira decisiva no acidente.

A revista registra também as cenas dantescas, patéticas mesmo, protagonizadas, nestes tempos, por autoridades do setor aéreo, por ministros, pelo próprio presidente da República e, pasmem!, até por funcionários graduados da Infraero, flagrados aos risos diante da fogueira em que ardiam 200 corpos. A reportagem explica, em suma, como chegamos aqui.

Diogo Mainardi e os chimpanzés patinadores:
“(…)

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Ao ser reeleito, em outubro do ano passado, Lula declarou que continuaria a governar para os mais pobres. No setor aéreo, isso se traduziu num descaso criminoso que culminou com os 200 mortos do acidente da TAM, independentemente das falhas do aparelho. O eleitorado de Lula é formado por gente que nunca voou. Quem morre em acidente aéreo é aquela parcela minoritária dos eleitores que sente ojeriza por ele. Na China, Mao Tsé-tung puniu a burguesia obrigando-a a trabalhar em fábricas e em campos de arroz. No Brasil, a luta de classes lulista puniu a burguesia transformando os jatos da Airbus em paus-de-arara.
Os pilotos apelidaram a pista principal do Aeroporto de Congonhas de “Holiday on Ice”. Isso significa que os passageiros assumiram o papel de chimpanzés patinadores. A Anac autorizou a reabertura da pista antes que sua reforma fosse concluída. A Anac é o retrato perfeito da pilhagem lulista.”
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