VEJA 5 – Diogo: Lula é citado em tribunal italiano que investiga lambanças da Telecom Italia
Diogo Mainardi esperou Godot… E este apareceu. Leiam trecho de sua coluna desta semana. Volto em seguida: Eu sei que o caso da Telecom Italia é uma pauleira. Eu sei que há uma série de interesses empresariais em jogo. Mas alguns fatos precisam ser esclarecidos. O primeiro e mais urgente é o seguinte: o nome […]
Diogo Mainardi esperou Godot… E este apareceu. Leiam trecho de sua coluna desta semana. Volto em seguida:
Eu sei que o caso da Telecom Italia é uma pauleira. Eu sei que há uma série de interesses empresariais em jogo. Mas alguns fatos precisam ser esclarecidos. O primeiro e mais urgente é o seguinte: o nome do presidente da República foi citado nos autos de um tribunal italiano. Ninguém pode fazer de conta que isso é uma bobagem.(…)Na página 33, pode-se ler um trecho do interrogatório de 5 de maio de 2007 de Giuliano Tavaroli, um dos diretores da empresa. Ele declarou: “Sendo um homem do presidente Lula, (Mauro) Marcelo, depois de assumir o cargo no serviço secreto, nos garantiu seu apoio institucional, uma vez que (Daniel) Dantas era um inimigo do presidente Lula”.
Como é que é? Apoio institucional? Lula pode ser inimigo de quem ele quiser. Daniel Dantas que se dane. Mas a suspeita de que isso teria motivado uma oferta de apoio institucional a uma empresa em detrimento de outra precisa ser contrastada.
(…)
Aos fatos. Em meados de 2004, o delegado Mauro Marcelo foi nomeado para chefiar a Abin, depois de ter trabalhado como guarda-costas de Lula na campanha eleitoral de 2002. A escolha de seu nome para ocupar o cargo na Abin foi feita pessoalmente pelo presidente.
De acordo com os autos do tribunal italiano, o relacionamento de Mauro Marcelo com a Telecom Italia era de perfeita intimidade. Interrogado sobre o assunto, Fabio Ghioni, especialista em computadores contratado pela empresa, declarou que o chefe da Abin era “fornecedor de Jannone no Brasil, e por este era remunerado”. Ghioni referia-se a Angelo Jannone, diretor da Telecom Italia.
(…)
O documento em que Godot finalmente aparece está em poder da nossa magistratura. Ele também pode ser consultado por qualquer um na internet:
Assinante lê íntegra aqui
Comento
O PT e seus áulicos no jornalismo “isentista” tentam nos convencer, dia após dias, que nenhum crime é grande o bastante a ponto de merecer a mobilização das oposições — e, mais importante, da sociedade. O que vai acima não é trivial. Não é todo dia que o chefão de uma grande empresa é pego com a boca da botija e diz, em depoimento oficial, que “o homem do presidente” de um país estrangeiro garantiu “apoio institucional” para a lambança.
Pode-se fazer de conta que isso não aconteceu, claro: o Mauro Marcelo que está lá não é o amigão do presidente Lula, e o próprio Lula não é este que conhecemos. O caso poderia ser uma dessas irrelevâncias que circulam por aí. Mas não é. Ele está na raiz de uma verdadeira reorganização que está para acontecer no bilionário mundo das teles.
Nesta semana, lemos algumas manifestações do mais puro farisaísmo, não é? Todo o noticiário sobre os cartões corporativos, um escândalo que já rendeu a demissão de uma ministra de estado, seria mero moralismo de superfície. expressão da guerra fria entre iguais: PT e PSDB. Marcelo Coelho, por exemplo, na Folha, conclamou o Brasil a olhar para seus reais problemas. Rapaz de coragem!
Parece que, acima, há um real problema, não é? Coelho e os que pensam como ele estão cansados de questões mixurucas, bobagens de R$ 177 milhões, coisa pouca? A Telecom Italia, vejam só, é dessas coisas grandes, gigantescas mesmo. Com idas e vindas, o caso resultou na bilionária operação em curso de compra da Brasil Telecom pela Oi. Um dos donos da Oi é também amigão de Lula e seu principal financiador de campanha. O outro investiu R$ 10 milhões na Gamecorp, a empresa de Lulinha, o biólogo que foi ver de perto como vivem os pingüins.
A turma que acha a investigação sobre o uso dos cartões uma desnecessidade estaria disposta a trocar aquela apuração por esta, em uma CPI específica, ou será que não quer é CPI nenhuma?
Origem de tudo
É bom não esquecer: o notável trabalho de apuração de Diogo Mainardi já demonstrou que a dinheirama que movimentou o mensalão tem origem justamente nas interferências de petistas nas negociações envolvendo as teles. Dali veio parte da dinheirama que alimentou o mensalão. Mas não é só. O tempo dirá que pessoas envolvidas naquelas falcatruas alimentam hoje os lobistas disfarçados de jornalistas, os mascates, os anões, as ratazanas, os tocadores de tuba.
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