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Reinaldo Azevedo

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Veja 5 – 2006: perigos opostos e combinados

Veja faz uma síntese de 2006, o ano em que vivemos muitos perigos. Alguns deles opostos e combinados. Segue texto de apresentação das reportagens. Eis que, em 2006, se fez uma escuridão. O país apagou no ar, com o caos aéreo que se seguiu ao maior desastre da história da aviação brasileira. O país apagou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h51 - Publicado em 30 dez 2006, 20h44
Veja faz uma síntese de 2006, o ano em que vivemos muitos perigos. Alguns deles opostos e combinados. Segue texto de apresentação das reportagens.

Eis que, em 2006, se fez uma escuridão. O país apagou no ar, com o caos aéreo que se seguiu ao maior desastre da história da aviação brasileira. O país apagou na ética, com a sucessão de escândalos no mundo oficial que as eleições presidenciais nada fizeram para depurar. O país apagou na segurança pública, com uma assustadora onda de atentados paralisando a maior cidade do país. O país hibernou. Não entrou em colapso, não faliu, não se convulsionou, não fechou para balanço – apenas escureceu, como um palito de fósforo em fim de combustão, exibindo uma chama fraca, titubeante, capaz de emitir menos do que uma réstia de luz.Já houve anos em que o Brasil mergulhou no caos econômico, outros em que sucumbiu à conflagração política – mas é raro um ano como 2006, em que o país parece ter consumido suas melhores energias apenas administrando uma rotina de mediocridade e, nos setores em que se quebrou a inércia, o movimento foi para trás. Nada é mais simbólico da essência de 2006 do que se ter desembarcado no mês de dezembro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeleito com uma votação extraordinária, mas com um governo tateando, meio às cegas, em busca de formas de “destravar” o crescimento econômico – superior apenas ao do Haiti. Com o apagão, aliado a um enguiço gerencial, o país apagou. “Um apagão só faz algum sentido dentro de um sistema mecânico, de ordem técnica. Se o Estado é a máquina de governar, a sociedade é a máquina de viver”, define o filósofo Roberto Romano, um dos mais argutos analistas da vida nacional. “No Brasil, porém, as duas máquinas, a de governar e a de viver, ainda são muito antiquadas. E o único destino de uma máquina antiquada, de tempos em tempos, é emperrar.” O melhor de 2006, portanto, são as lições que deixa: se o país empreender as ações transformadoras, as reformas que gritam de tão necessárias, talvez seja possível caminhar no sentido de se emancipar da tutela do atraso.

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