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VEJA 4 – A sobrevivência do fascismo

Por Diogo SchelpO insulto preferido do presidente venezuelano Hugo Chávez contra aqueles que o criticam é “fascista”. A expressão já lhe serviu para classificar o ex-primeiro-ministro espanhol José María Aznar, a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente americano George W. Bush, os estudantes venezuelanos e até a oposição ao seu colega e títere boliviano Evo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 01h38 - Publicado em 14 jun 2008, 05h49
Por Diogo Schelp
O insulto preferido do presidente venezuelano Hugo Chávez contra aqueles que o criticam é “fascista”. A expressão já lhe serviu para classificar o ex-primeiro-ministro espanhol José María Aznar, a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente americano George W. Bush, os estudantes venezuelanos e até a oposição ao seu colega e títere boliviano Evo Morales. Mais de sessenta anos depois de a ideologia de Adolf Hitler e Benito Mussolini ter sido aniquilada, o fascismo é pouco mais do que um insulto. Foi um fenômeno político específico do período entre as duas guerras mundiais, e não se encontram, hoje, as condições necessárias para o seu ressurgimento. Essa tese é defendida pelo sociólogo inglês Michael Mann, da Universidade da Califórnia, cujo livro Fascistas (editora Record; 560 páginas; 66 reais) foi lançado no mês passado no Brasil. É dele, também, a ressalva: o fundamentalismo islâmico e alguns regimes autoritários da atualidade reúnem uma quantidade perigosa de características fascistas. Mann avalia que entre os que mais acumulam esses elementos está Hugo Chávez – justamente o governante que tanto gosta de chamar os outros de “fascista”.

A repulsa ao fascismo – a ponto de a expressão ter se convertido em insulto – decorre sobretudo do conhecimento que se tem dos crimes cometidos pelos regimes que seguiam essa ideologia. O assassinato de 6 milhões de judeus pelos nazistas, por exemplo. Mann acredita que a ascensão ao poder de grupos autoritários na Alemanha, Itália, Áustria, Hungria, Romênia e Espanha após a I Guerra se deve bastante a circunstâncias internas específicas de cada um desses países. A maioria deles tinha passado pela experiência recente de uma guerra devastadora e, em todos eles, existia um movimento político organizado com plataforma autoritária. Esses são alguns dos fatores essenciais para a ascensão fascista, segundo o autor. Outras cinco características são compartilhadas por todas as vertentes do fascismo. Os itens que permitem alinhar os governantes atuais em relação ao fascismo são: o nacionalismo, o estatismo, a pretensão de transcender à luta de classes, o expurgo de parte da sociedade e a criação de grupos paramilitares.

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