Por Lucila Soares: “O delegado Álvaro Lins dos Santos, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, tinha tudo para romper o ano de 2007 em festa. Candidato pelo PMDB, foi o quinto deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro, com 108.000 votos. Mas a virada deste ano será, em sua vida, um daqueles réveillons que se tem vontade de riscar do calendário. No dia 15 de dezembro, data de sua diplomação como deputado, a Polícia Federal deslanchou duas operações contra a banda podre da polícia do Rio de Janeiro. Em uma delas, batizada de Operação Gladiador, foram expedidos 45 mandados de prisão contra a máfia dos caça-níqueis. Entre os nomes estavam o do próprio Lins e o de quatro inspetores da Polícia Civil que trabalharam diretamente com ele. O ex-chefe da Polícia Civil não foi preso porque, como deputado diplomado, goza das prerrogativas do Poder Legislativo, entre elas a do foro privilegiado (…). Em 1994, quando Lins era um jovem tenente da Polícia Militar, seu nome apareceu, junto com o de outros 45 oficiais da PM, na lista dos policiais que recebiam propina do bicho, no rumoroso estouro da fortaleza de Castor de Andrade. Isso não impediu que fosse colaborador prestigiado por Marcello Alencar, em cujo governo trabalhou no Gabinete Civil, foi chefe-de-gabinete da Secretaria de Trabalho e acabou delegado adjunto da Divisão Anti-Seqüestro. Cobrado pela nomeação, Alencar disse que Lins estava sendo vítima de um “linchamento moral” e encerrou o assunto. No governo de Anthony Garotinho, foi nomeado chefe da Polícia Civil, cargo que manteve no governo Rosinha e só deixou para se candidatar à Assembléia Legislativa do Rio.” Assinante clica
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