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Reinaldo Azevedo

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VEJA 1 – Falam os presidentes do Itaú Unibanco

Por Marcio Aith e Giuliano Guandalini:Na semana passada, Itaú e Unibanco juntaram-se para criar a maior instituição financeira do país e da América Latina. A fusão foi divulgada na manhã da segunda-feira e deu alento ao sistema financeiro brasileiro, em meio à mais séria crise mundial em oito décadas. Unidos, os dois bancos possuem ativos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 21h50 - Publicado em 8 nov 2008, 03h37
Por Marcio Aith e Giuliano Guandalini:
Na semana passada, Itaú e Unibanco juntaram-se para criar a maior instituição financeira do país e da América Latina. A fusão foi divulgada na manhã da segunda-feira e deu alento ao sistema financeiro brasileiro, em meio à mais séria crise mundial em oito décadas. Unidos, os dois bancos possuem ativos de 575 bilhões de reais, 14,5 milhões de clientes e 100 000 funcionários. Tornam-se o maior banco do país, superando o Banco do Brasil e o Bradesco. Na tarde de quarta-feira, os protagonistas do negócio deram uma entrevista conjunta a VEJA na sede do Itaú. Roberto Setubal, 54 anos, presidente do Itaú, e Pedro Moreira Salles, 49 anos, presidente do Unibanco, disseram que vão seguir o exemplo das empresas brasileiras que já se internacionalizaram e minimizaram a influência da turbulência financeira na decisão de fechar o negócio. “A associação ocorreria da mesma maneira, com ou sem crise”, disse Setubal. “Nossos objetivos não foram pautados por questões momentâneas”, completou Moreira Salles. O controle do novo gigante financeiro, o Itaú Unibanco, será compartilhado. A presidência do conselho de administração ficará a cargo de Moreira Salles. Setubal será o presidente executivo.

O que motivou a associação entre o Itaú e o Unibanco?
Moreira Salles –
O que norteou as conversas desde o início foi a percepção de que, em um mundo cada vez mais globalizado, o poder da escala das empresas é fundamental. Assim como sua capacidade de internacionalização. Muitas indústrias já conseguiram dar o salto para o exterior. Mas não existe uma única multinacional financeira brasileira, embora os bancos nacionais sejam tão bem administrados. Sempre me perguntei por que não tínhamos uma AmBev dos bancos. O Itaú e o Unibanco têm uma identidade na forma de ver o mundo. A operação faz todo o sentido.
Setubal – Somos dois bancos que nunca tiveram um tropeço financeiro ou um tropeço ético. Temos, em comum, valores e tradição familiar sólidos. Tanto o pai do Pedro (o embaixador Walther Moreira Salles, que morreu em 2001) quanto o meu pai (Olavo Setubal, morto em agosto passado) foram ministros de estado, ambos com comprometimento de longa data com o sucesso deste país. O Brasil certamente merece um banco de dimensão internacional. Achamos que o Itaú Unibanco Holding pode vir a ser esse banco. Esse é o nosso grande sonho e motivação.

A crise apressou o fechamento do negócio?
Setubal – A associação ocorreria da mesma maneira, com ou sem crise. Mas a crise acelerou o negócio? Talvez em apenas um mês. Pensando bem, a crise pode até ter retardado o negócio em um mês.
Moreira Salles – A lógica desta fusão independe da situação atual do mercado. Não sabíamos que a crise viria. Tivemos uma dezena de conversas antes da tormenta financeira. Com essa transação, pretendemos olhar para a frente. Nossos objetivos não foram pautados por questões momentâneas. Houve rumores de que os bancos privados tinham perdido muito dinheiro com derivativos. Não é verdade, como ficou demonstrado.
Setubal – Devido a esses rumores, divulgamos antecipadamente nossos balanços do terceiro trimestre. Isso dissipou qualquer dúvida sobre a situação dos bancos.

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