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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

UTC, Petrobras e a burguesia do capital alheio. Ou: troca de mensagens no WhatsApp pode ser a bomba que faltava ao TSE

A expressão mais famosa que cunhei, como todos sabem, é “petralha”. Mas há outra para definir os petistas, menos popular, mas de maior alcance, que é “burguesia do capital alheio”. Se petralhas definem apenas os petistas que justificam o roubo do dinheiro público — havendo partidários que não o façam, petralhas não são… Mas pergunto: […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h23 - Publicado em 1 out 2015, 18h48

A expressão mais famosa que cunhei, como todos sabem, é “petralha”. Mas há outra para definir os petistas, menos popular, mas de maior alcance, que é “burguesia do capital alheio”. Se petralhas definem apenas os petistas que justificam o roubo do dinheiro público — havendo partidários que não o façam, petralhas não são… Mas pergunto: há? —, o “burguês do capital alheio” serve para definir qualquer petista.

É impressionante a desfaçatez com que essa gente se assenhoreia do que não lhe pertence — seja o bem público ou o privado — em benefício do próprio PT ou de interesses pessoais.

A troca de mensagens de WhatsApp entre o empreiteiro Ricardo Pessoa e um auxiliar seu — leiam na home —, que sugere que a contribuição da empreiteira UTC à campanha de Dilma saiu de uma conta-propina, revela a desfaçatez dessa máquina que se apoderou do estado brasileiro.

Embora o petismo carregue toda a cultura autoritária do bolchevismo; embora mimetize todos os rituais tirânicos da mística socialista, é evidente que socialistas os petistas não são. Ao contrário: o petismo se converteu apenas na expressão de um novo patrimonialismo, caracterizado pelo assalto ao estado, que passou a ser exercido por uma nova categoria, que, por sua vez, aos poucos, tentou se transformar numa nova classe — esta que chamo de “burguesia do capital alheio”.

A troca de mensagens de Pessoa com seu auxiliar não está elencada entre as razões do impeachment na denúncia formulada pela oposição, mas é evidente que os deputados, ao votar, estão moralmente obrigados a considerá-la.

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E que se note: as contas da campanha de Dilma estão sob investigação no TSE. O tribunal já tinha o testemunho de Ricardo Pessoa. Ele afirmou ter sido, digamos, sutilmente achacado por Edinho Silva, hoje ministro da Comunicação Social e então tesoureiro de Lula. Ao lhe pedir dinheiro, Edinho teria lembrado os contratos que o empreiteiro mantinha com a Petrobras.

Muito bem! Um testemunho, por si, talvez não pudesse ser considerado uma prova. Já as mensagens trocadas por WhatsApp são de uma clareza escandalosa.

O que liga as lambanças do petrolão ao sucesso financeiro da família Lula da Silva? A certeza de que o Brasil é nosso. Isto é, dela! Da burguesia do capital alheio.

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