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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Um livro magistral de Ali Kamel. Ou o seqüestro de Deus

Na VEJA desta semana, Mario Sabino faz uma excelente resenha do livro Sobre o Islã — A Afinidade entre Muçulmanos, Judeus e Cristãos e as Origens do Terrorismo, escrito por Ali Kamel (assinante clica aqui). Sabino encerra assim o seu texto: “A lógica da máquina do mundo pode ser infernal. E a coragem de Kamel, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 09h21 - Publicado em 20 ago 2007, 07h57
Na VEJA desta semana, Mario Sabino faz uma excelente resenha do livro Sobre o Islã — A Afinidade entre Muçulmanos, Judeus e Cristãos e as Origens do Terrorismo, escrito por Ali Kamel (assinante clica aqui). Sabino encerra assim o seu texto: “A lógica da máquina do mundo pode ser infernal. E a coragem de Kamel, assim como Alá, é grande”. E é mesmo. Trata-se de um jornalista ousado, dos mais competentes que conheço, dono de um texto primoroso e de um desassombro intelectual invulgar. Editor-executivo de jornalismo da TV Globo, o jovem Kamel — vai fazer 46 anos no dia 1º de janeiro — desperta nos detratores os piores instintos. Titular de um cargo cobiçado, provoca nos adversários, gente da profissão, a fúria que o talento açula nos medíocres, embora exerça o seu, vá lá, “poder” com impressionante decoro. No livro, Kamel prova que está, sim, em curso um choque de civilizações: não aquele à moda Samuel Huntington, entre o Ocidente e o Oriente; o choque se dá no corpo do próprio Islã. Mas nós temos tudo a ver com isso. Chegarei lá.

Mais uma vez, estamos diante de um trabalho de fôlego e de uma pesquisa detida, meticulosa, rigorosa — que reúne o rigor intelectual para tratar os fatos com a citada coragem para se posicionar diante deles. É o que ele já havia feito, destaca Sabino muito bem, no livro Não Somos Racistas, em que põe nos justos termos a lengalenga das ações afirmativas. O aspecto mais apreciável dos livros de Kamel, mesmo para o leitor que eventualmente discorde de suas teses, é este: saem do teclado de um pesquisador agudo e de um leitor voraz. Vocês sabem: os escravos da própria incompetência gostam de imaginar que este ou aquele só conseguem posições de destaque porque são idiotas. Sei… Imagino o ódio dos contínuos do próprio rancor ao descobrir que, também neste caso, isso não é verdade.

Antes das cinco partes que compõem o livro (“De Adão a Maomé”, “Sunitas e xiitas”, “O Islã não é violento”, “A origem do terror islâmico” e “Algumas Perguntas Sobre a Guerra do Iraque”), Kamel se expõe numa introdução: “Meu pai, Ahmad, nasceu na Síria e é muçulmano, assim como Hamed, meu avô materno. Meu pai veio para o Brasil em 1950, fugindo da pobreza, e meu avô desembarcou aqui logo depois da Primeira Guerra Mundial, pelo mesmo motivo. Na Bahia, meu avô se casou com uma brasileira cristã, Maria José, e dessa união nasceram minha mãe, Zeny, e meu tio Luiz, educados no cristianismo. Meu pai e minha mãe tiveram quatro filhos, Mamede, Leila, eu e minha irmã gêmea, Samira. Eu me casei com Patrícia, judia de família praticante”. Eis aí: Kamel é, ele próprio, fruto do encontro de dois monoteísmos que não foram de sua escolha. Quando lhe coube decidir, ele foi em busca do terceiro.

Os monoteísmos
Kamel consegue dar alcance teórico àquilo que conhece, então, em sua história pessoal. A primeira parte do livro é dedicada justamente a cotejar alguns dos fundamentos das três religiões. E, como ele próprio destaca, há entre elas mais similaridades do que diferenças, mais convergências do que atritos, mais identidade do que estranhamento. Boa parte dos cristãos ignora, por exemplo, que o Alcorão se refere a Jesus nestes termos: “o Messias”, “a palavra de Deus”, “a palavra da verdade”, “um espírito de Deus”, “o mensageiro de Deus”, “o servo de Deus”, “o profeta de Deus”, “ilustre neste mundo e no próximo”. E a lei mosaica? Do mesmo modo, o livro “aceita como divinamente revelados os ensinamentos de Moisés e os valida para Maomé”. Está no Alcorão: “Depois de termos aniquilado as primeiras gerações, concedemos a Moisés o Livro como discernimento, guia e misericórdia para os humanos, a fim de que refletissem”.

O autor se estende em exemplos que evidenciam que liberalidades e restrições, nas três religiões, são muito próximas. Aqui e ali, talvez resista certo ânimo de Kamel em testar a nossa tolerância e o nosso preconceito: com alguma freqüência, o Alcorão — este que aprendemos a temer porque traduzido pelas lentes perturbadas do terrorismo — surge até mais humano e compreensivo do que o cristianismo e o judaísmo. Resta da leitura, de modo inequívoco e com fartura de argumentos, o que Kamel evidencia, depois, peremptório, na Parte III: “O Islã não é violento”. Impressiona a simplicidade erudita da Parte II, em que se expõem as origens das divergências entre sunitas e xiitas e a importância que elas têm para compreendermos o Islã nos dias de hoje.

O bom truque
Autores têm estratégias para seduzir o leitor. Kamel também. Confesso que fui vítima do seu, como direi?, truque. Os três primeiros capítulos do livro, dedicados a uma leitura crítica dos três monoteísmos e à reconstituição histórica, pegam o leitor pela erudição, pesquisa, detalhes, iluminações, mas não se experimentou até ali o sabor da polêmica e das boas questões que dividem opiniões e que podem render o calor do debate. No fim da Parte III, ele escreve, então, o que, para mim, sintetiza a tese de seu livro, que ganhará corpo, preparando o terreno para o que vem depois: “A prova maior de que há um processo de mudança em curso é o próprio fenômeno do radicalismo islâmico, uma reação enlouquecida diante da rapidez com que a modernização se dá. O chamado ‘fundamentalismo’ islâmico não é a prova cabal de que o Islã é atrasado, violento e cruel, mas é o indicativo mais seguro de que as mudanças não somente são possíveis como estão acontecendo de uma maneira acelerada. Estivesse o Islã imune a transformações, e reação alguma seria necessária”.

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Eis aí. Talvez haja, então, um choque de civilizações, mas não como se imagina à primeira vista. Não existe um Oriente Islâmico que se opõe à tal civilização judaico-cristã e ocidental: existe o choque que o mundo moderno provoca, aí, sim, no seio de uma religião. E Kamel vai ao ponto: “A tragédia das massas muçulmanas é que esse processo de mudança, natural e irremediável, pelo qual passaram suas duas religiões-irmãs (o Judaísmo e o Cristianismo, aí incluídos o catolicismo e as igrejas protestantes), se dá em meio a um ambiente de miséria, corrupção e, fundamentalmente, opressão política, com forte ênfase na manipulação da religião, seja para mantê-la ou para negá-la, mas sempre em benefício de quem está no poder. (…) A maior parte dos muçulmanos da maior parte dos países muçulmanos não se deixa enganar pelo radicalismo religioso, mas o terreno passa a ser fértil para que uma massa de desesperados, na maior parte, jovens, veja nisso a solução para os seus males. E isso leva parte da juventude às práticas terroristas”.

Mas espere aí, Kamel: miséria, corrupção e ditadura também se vêem e se viram no mundo ocidental, sem que o cristianismo tenha degenerado em terrorismo. Por que o terror islâmico e não o terror cristão?

Fundamentalismo ou totalitarismo?
Kamel, mergulha, então na Parte IV do livro, que reconstitui a gênese do terror islâmico, tanto o passado como o contemporâneo. O suicídio, no Islã, ofende a Deus, a exemplo do que prescrevem o Cristianismo e o Judaísmo. A prática, como ato religioso, naquela parte do mundo, data do século 11, estendendo-se até o 13. Em 1092, o seguidor de uma seita xiita matou Nizam el-Mulk, o vizir turco que, durante 30 anos, organizou o poder sunita. Por mais de 150 anos, a seita aterrorizou o Oriente — até ser exterminada pelos mongóis e sultões mamelucos. Os assassinos, que, então, cravavam uma adaga na vítima, sabiam que seriam mortos em seguida. Mas e daí? Hasan, o inspirador de tal prática, garantia a quem se apresentasse para o serviço: “Entrarão direto no paraíso, terão autorização para ver a face de Deus, disporão dos serviços de 72 virgens e poderão indicar outros 70 parentes para quem entrem também no paraíso”. Porque acreditava nisso piamente, ao ser morto, o terrorista “tinha sempre um sorriso nos lábios”. Vocês conhecem essa história.

Poucas coisas são tão esclarecedoras como a origem das palavras. De tal sorte esses terroristas suicidas eram estranhos à religião, que deles se dizia, entre os séculos 11 e 13, que eram os “hashshashin” — consumidores de haxixe. “Hashshashin” dá a palavra “assassino”, com origem idêntica em várias línguas. O suicídio em nome de Deus vai reaparecer só no século 20. Em 1983, o grupo Hezbollah, também xiita, ataca a embaixada dos EUA no Líbano. Dez anos depois, os sunitas Hamas e Jihad Islâmica dariam, então, início à indústria da morte na luta terrorista contra Israel.

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Compreendemos por que Kamel passou pelos menos três partes do seu livro demonstrando o caráter pacífico do Islã. Ele queria chegar aqui: “Chamá-los [os terroristas] de fundamentalistas é um equívoco grave, porque os enobrece, levando multidões a crer que eles têm como propósito apenas seguir a religião tal qual ela é (…). Isso pode ser uma característica deles, como a de muitos fanáticos de outras religiões, mas não é a principal nem tampouco a que as define. O que os distingue é a crença não somente de que eles encontraram a verdade como também é dever deles impô-las a todos nós. Usando a força. (…) Isso não faz do radicalismo islâmico um ‘fundamentalismo’, um ‘fanatismo’, mas um ‘totalitarismo’”.

Os terroristas têm o seu Marx e o seu Lênin
As comparações acima são minhas, não de Kamel. Mas foi no que pensei ao avançar na Parte IV do livro. O autor nos apresenta, então, a Irmandade Muçulmana, criada pelo egípcio Hassan al-Banna, um filho de relojoeiro, o Marx dessa minha associação de idéias. Ele não pronunciou a frase, mas é como se a tivesse dito. Seu lema bem poderia ser: “Muçulmanos de todo o mundo, uni-vos”. Para ele, a divisão do Islã em nações era essencialmente antiislâmica. Todas deveriam estar unidas sob um só califa. Ganhou as massas no Egito. Ele tinha uma idéia clara sobre o Ocidente: “Todos os prazeres trazidos pela civilização contemporânea não resultarão em nada senão em dor. Uma dor que vai superar seus atrativos e remover a sua doçura. Portanto, evite os aspectos mundanos desse povo; não deixe que eles tenham poder sobre você e o enganem”. Em 1945, a Irmandade adere à violência e ao terror. Tinha 500 mil militantes e o dobro de simpatizantes. Criava escolas, hospitais, fábricas…

É Al-Banna quem muda o sentido da palavra “Jihad” — esforço. A “Jihad Maior”, originalmente, é o esforço interno que faz o crente para não fugir dos princípios da religião. A “Menor” é a luta DEFENSIVA contra o infiel. Não para ele, que passa a encará-la como uma luta pela restauração do que considera a verdadeira religião, recorrendo, sim, à violência também contra um governo islâmico se necessário. O lema da Irmandade, desde sempre, foi este: “Preparem-se para a Jihad e sejam amantes da morte”.

Al-Banna foi assassinado pelos agentes secretos do governo egípcio e foi substituído, no comando, pelo Lênin da minha associação de idéias: Sayyd Qutb. Era formado em educação e foi enviado pelo governo egípcio para conhecer os EUA: Nova York, Washington, Colorado e Califórnia. Ele odiou tudo o que viu e só enxergou decadência — até o hábito de aparar a grama lhe parecia prova cabal de futilidade. Se Al-Banna aceitava a violência para o propósito de unir os muçulmanos num só califado, seu sucessor foi mais longe: era preciso converter também, e pelos mesmos métodos, o mundo não-islâmico.

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Sayyd Qutb é autor de passagens perturbadoras, embora, vejam só, uma delas pudesse, mutatis mutandis, ser escrita por Marilena Chaui. Vamos ver: “O Islã não obriga ninguém a aceitar sua fé, mas pretende oferecer um ambiente de liberdade no qual todos possam escolher suas próprias crenças. O que pretende é abolir os sistemas políticos opressores sob os quais as pessoas não têm o direito de expressar sua liberdade de escolher em que acreditar, dando-lhes assim plena liberdade para decidir se querem ou não aceitar os princípios do Islã.” Sem tirar nem pôr, é o que pensa um esquerdista do miolo mole. O socialismo, como o Islã (esse de Qutb), é a plena liberdade. E só não vê quem está submetido a alguma forma de opressão que o leva a ter uma falsa consciência, ditada pela ideologia burguesa. Combatida essa ideologia — que vem a ser o “Mal” —, então a pessoa é livre pode escolher: para os esquerdistas, ela escolhe o socialismo; para Qutb, o “seu” Islã. E se não escolhe? Então é porque ainda não está livre. Vejam só. Kamel está mesmo certo: o terrorismo islâmico é um totalitarismo — a exemplo do nazismo e do socialismo.

Já vou longe, como vêem. No livro, Kamel explica como esse ambiente da Irmandade Muçulmana acabou resultando na Al-Qaeda de Osama Bin Laden, não sem o concurso, evidentemente, de fatos históricos, digamos, facilitadores para a emergência do moderno terrorismo islâmico, como a invasão do Afeganistão pela União Soviética, o apoio dado pelo Ocidente à resistência — organizada por extremistas — , o sectarismo religioso da Arábia Saudita e a primeira guerra do Iraque, que vai opor Bin Laden ao governo saudita. Prepara, enfim, o terreno para aquela que é, certamente, a parte mais polêmica de seu livro — para alguns, não pra mim: concordo inteiramente com ele.

A Guerra do Iraque
Kamel propõe-se a responder a oito perguntas sobre a guerra do Iraque, a saber:
1 – Toda guerra é má e traz péssimos resultados, enquanto toda paz é boa e só traz benefícios à humanidade?
2 – A invasão do Iraque foi uma decisão unilateral dos EUA?
3 – Bush e Tony Blair mentiram sobre as armas de destruição em massa?
4 – Havia laços entre a Al Qaeda e o governo do Iraque?
5 – A guerra foi uma desculpa para tomar as reservas de petróleo do Iraque?
6 – Era necessário macular as liberdades civis nos EUA, conforme se acusa?
7 – Por que o Iraque está como está?
8 – O que será do futuro?

É evidente que ninguém pode olhar hoje para o país e dizer que os EUA estão sendo bem-sucedidos no pós-guerra, mas estou certo de que as respostas de Kamel, baseada numa impressionante fartura de dados e na leitura detida de documentos sobre a guerra, vão surpreender muita gente. Respondo, sintetizando um tanto à minha maneira, as respostas que estão no livro.
1 – A paz pode ser mais nefasta do que a guerra.
2 – A decisão não foi unilateral – não como se diz. Ataques unilaterais a países os EUA tinham feito antes — alguns sob o governo Clinton…
3 – Com os dados que tinham, Bush e Tony Blair não mentiram.
4 – O serviço secreto dava conta de que teria havido pelo menos 10 contatos entre a Al Qaeda e o governo do Iraque, um deles deles documentado.
5 – É mais fácil e barato comprar petróleo do que tomá-lo pela guerra.
6 – Na Segunda Guerra, por exemplo, as liberdades civis nos EUA sofreram muito mais do que com os tal Ato Patriótico.
7 – Porque os EUA cometeram erros impressionantes.
8 – Depende do que fará a Europa.

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Vejam que dou algumas pistas das respostas de Kamel, mas quero que vocês as procurem, detidamente, no livro. Fica evidente, também, como o próprio jornalismo pode, muitas vezes, ser superficial — isso digo eu, não ele —, cedendo à doxa do pensamento politicamente correto. Aqui e alhures, é evidente que o antiamericanismo, inclusive o europeu, ajudou a pautar a cobertura da guerra. Com os documentos disponíveis e sabendo o que Bush e Blair sabiam, não derrubar Saddam Hussein correspondia a correr o risco de dar a Osama Bin Laden uma base de operações bem mais forte do que o Afeganistão.

Comento, já caminhando para o fim, a questão oito. Os EUA erraram, sim, no pós-guerra. Mas fica evidente o comportamento pusilânime da Europa. Kamel lembra, com justiça, que os EUA acudiram a Europa três vezes no passado para preservar a liberdade. Na vez em que foi atacado, o continente lhes virou as costas. Será que a França, por exemplo, se lembra de quantos corpos americanos fertilizaram o solo e a democracia na Normandia?

Kamel não tem dúvida, eu não tenho e creio que nenhum democrata possa ter: “Uma derrotada total [dos EUA] daquele conflito dará uma confiança extremada aos totalitários do Islã, com conseqüências funestas. Toda a estratégia de evitar que os terroristas tenham um estado por trás de si, uma base de poder, terá ido por água abaixo: democratas e republicanos sabem disso (…). O inimigo acredita que fala com Deus e que, por isso, os limites são apenas decorrentes da fé insuficiente (…). É preciso que haja um consenso internacional em todo do perigo que representam. É preciso que uma força maciça de homens e recursos seja usada no Iraque para infringir aos terroristas uma derrota definitiva.” Kamel lembra que a Europa evita entrar na guerra porque teme se tornar um alvo. E observa: “É um engano, porque ela já é um alvo”.

O fim, o começo…

Ufa! Chegamos ao fim da obra e volto rigorosamente ao começo. Kamel dá início a seu livro narrando um encontro havido em 9 de novembro de 2001 entre Bin Laden e alguns de seus homens com um religioso recém-chegado a Kandahar, centro, então, do poder do Talibã. O que se segue é de arrepiar. Todos eles começam a contar como anteviram em sonhos, em premonições, os ataques do 11 de Setembro. Tudo se passa numa esfera de delírio e morbidez. Loucura? Nada disso! Trata-se de um método e de um projeto político. Eles seqüestraram Deus.

Este poderia ser um bom título para o magistral livro de Ali Kamel: “O Seqüestro de Deus”.

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