Um leitor protestante
Um leitor de nome Marco, protestante, me dá a chance de provar que também este blog, dentro do seus limites, pode ser ecumênico. Leiam o seu comentário. Volto em seguida: Caro Reinaldo,Tendo formação protestante tradicional, não vejo a mais mínima incoerência ou inconveniência quando a Igreja Católica afirma-se como a igreja verdadeira em Cristo.Das religiões […]
Um leitor de nome Marco, protestante, me dá a chance de provar que também este blog, dentro do seus limites, pode ser ecumênico. Leiam o seu comentário. Volto em seguida:
Caro Reinaldo,
Tendo formação protestante tradicional, não vejo a mais mínima incoerência ou inconveniência quando a Igreja Católica afirma-se como a igreja verdadeira em Cristo.
Das religiões que eu conheço, à exceção das cinicamente mercantilistas, não há uma dentre as que se pretendem sérias que não afirmem o mesmo de si mesmas. Caso contrário, deveriam mudar seus cânones e dogmas de modo a se enquadrar no modelo que mais se encaixa no que Cristo diria ser Sua verdadeira igreja.
O que se pode contestar, e aí é uma questão de opinião e de argumentos, é se esta e aquela denominações respeitam fielmente o que está escrito nas Escrituras.
A atual grita é inútil. Aliás, vejo nesse tal ecumenismo uma força insidiosa e dissimulada que tende a pasteurizar pontos divergentes e até inconciliáveis entre os diversos credos, o que pode, num futuro não muito distante, atentar contra a liberdade de culto e de consciência.
Parabéns ao papa por colocar no papel que preto é preto, e branco é branco (com o perdão da patrulha racista da universidade onde me formei, a UnB).
Que cada denominação diga abertamente: “Estamos certos por isto, por isso e por aquilo, vocês outros que mudem”. E que cada pessoa, ponderando acerca de cada ponto desse embate, use de seu discernimento para decidir o que é preto, ou branco, ou vermelho, ou amarelo e por aí vai .Um abraço.
Voltei
Como diria um nobre senador ao justificar a sua boaiada, “subscrevo embaixo”, hehe. BIS-SO-LU-TA-MEN-TE certo, Marco! É isso mesmo. Eis aí um protestante com quem aceito ir ao culto num domingo — até o ponto em que ele toma o caminho do templo de sua religião, e eu, o da minha. É assim que as coisas são. Ecumenismo não significa eliminação das diferenças — ou ele seria outra coisa; só existe porque se reconhecem divergências inconciliáveis.