A nação que não quer Lula reeleito está quase sem representação política. Esta é a verdade. Sim, é fato, ninguém chega a ser radicalmente tucano, porque isso é uma impossibilidade dada pelos próprios termos. Exceção feita a José Serra, que sabe onde e por que bate em Lula, dentre os medalhões tucanos da ativa, há […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h20 - Publicado em 11 ago 2006, 16h44
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A nação que não quer Lula reeleito está quase sem representação política. Esta é a verdade. Sim, é fato, ninguém chega a ser radicalmente tucano, porque isso é uma impossibilidade dada pelos próprios termos. Exceção feita a José Serra, que sabe onde e por que bate em Lula, dentre os medalhões tucanos da ativa, há um misto de sonolência e cálculo que chega a ser aborrecido. Prova? Basta ver o barulho que os petistas fizeram tão logo terminou a entrevista de Geraldo Alckmin ao Jornal Nacional. E até com certa razão. Foi uma parada dura. E ele se saiu mal em algumas respostas. E bem em outras. Ontem, Lula foi esmagado. Não porque sobrasse crueldade a William Bonner e Fátima Bernardes, mas porque faltavam argumentos a Luiz Ignorácio Lula da Silva. E, no entanto, qual é a reação tucana hoje, a começar de Alckmin? Pífia. Aécio Neves foi ouvido pelo Estadão a respeito. Leiam: “Não acho, sinceramente, que essas entrevistas tenham efeito eleitoral muito importante. Acho que os programas eleitorais daqui para frente terão. Eu diria que ambos [Alckmin e Lula] tiveram ali uma nota razoável nas respostas que deram“. Agora leiam isto: “A primeira imagem que ficou é de um presidente muito tenso. Trocou várias palavras, ética por corrupção, milhares por milhões e salário por inflação – este último equívoco corrigiu a tempo, até porque ele é o presidente do emprego e do aumento dos salários, com controle da inflação e queda dos juros nominais (ainda que o real ainda seja o maior do mundo).” É José Dirceu em seu blog. O conjunto ajuda a explicar por que Alckmin caiu nas pesquisas e por que Lula subiu. Para ganhar uma eleição, convenhamos, é preciso, antes de tudo, querer ganhar. Sempre que Dirceu estiver de um lado, creio que estarei do outro. Mas isso é até um sinal de respeito. É preciso reconhecer o tamanho do seu adversário. A esquerda aprendeu essa lição. Os democratas a esqueceram. Os calculistas lidam com outros critérios.
Giro VEJA - 7 de dezembro
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