Tribunais que julgam “causas” em vez de “casos” serão sempre discricionários
O caso Strauss-Kahn deveria servir de alerta para a imprensa americana e também para a brasileira, não menos chegada, com as exceções costumeiras, a condenar de antemão os “opressores” para proteger os “oprimidos”. A coisa entre nós é de tal sorte presente que as versões de criminosos rematados e da polícia são postas em pé […]
O caso Strauss-Kahn deveria servir de alerta para a imprensa americana e também para a brasileira, não menos chegada, com as exceções costumeiras, a condenar de antemão os “opressores” para proteger os “oprimidos”. A coisa entre nós é de tal sorte presente que as versões de criminosos rematados e da polícia são postas em pé de quase igualdade — digo “quase” porque é freqüente a sugestão de que a do bandido tem mais credibilidade.
Nos conflitos, então, em que estaria presente a “luta de classes” — ao menos aquilo que professores petistas nas universidades disseram ser a luta de classes —, aí é dúvida zero: o “fraco” tem sempre razão. Não há hipótese, por exemplo, de o MST estar errado no confronto com proprietários de terra.
Querem um exemplo escandaloso? O STF é responsável pelo crescimento exponencial da miséria em Roraima. No confronto entre “índios” e “brancos”, decidiu que os “aborígenes” estavam certos. Viu-se depois que nem os índios eram índios de manual nem os brancos, expressões dos colonizadores.
E daí?
Não se julgava um caso em particular, mas uma causa!
Tribunal que julga causas em vez de casos será sempre discricionário!