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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Tom propositivo, é? Então tá…

Eu não vou ficar aqui relembrando números de pesquisas eleitorais porque este é um levantamento que vocês podem fazer sozinhos. A Internet — Google, Datafolha, Ibope — está aí para ajudá-los. Bem, falo isso a propósito de quê? Acabo de ler no Estado on Line que a campanha de Alckmin não TV vai fazer justamente […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 23h06 - Publicado em 11 out 2006, 23h59
Eu não vou ficar aqui relembrando números de pesquisas eleitorais porque este é um levantamento que vocês podem fazer sozinhos. A Internet — Google, Datafolha, Ibope — está aí para ajudá-los. Bem, falo isso a propósito de quê? Acabo de ler no Estado on Line que a campanha de Alckmin não TV vai fazer justamente o que eu mais temia: adotar o tal tom propositivo, maneirando no confronto. Tudo isso porque as pesquisas qualitativas, sempre elas, indicaram que bater em Lula pode soar arrogante. A ser assim mesmo, a campanha estará assinando um recibo de que caiu na conversa do PT. Fica até parecendo que, antes de começar a dar porrada, estava na frente, vencendo de goleada.

NÃO! VAI EM CAIXA ALTA MESMO: É MENTIRA! Alckmin perdia a disputa no primeiro turno, diabos! O máximo a que chegou com o estilo soft foi 25% das intenções de voto — talvez 27%, talvez 23%. Mudou de patamar quando começou a confrontar Lula com sua obra. Passou a ser um candidato viável, com expectativa de segundo turno, quando veio a público o dossiê fajuto que tentou incriminar José Serra.

E quem é que ficava estimulando o tom memorialista-obreirista da campanha? As tais pesquisas qualitativas. O que aconteceu, isto sim, é que o PSDB, incrivelmente, deixou o PT tomar conta da agenda. No domingo, Lula era massacrado no debate. Na segunda, os tucanos colhiam os frutos; na terça, já estavam na defensiva, negando o excesso de agressividade de Alckmin ou que fossem privatizar a Petrobras ou a casa-da-mãe-Joana. Vale dizer: eram apenas reativos, nada mais. Quando cumpria que continuassem ofensivos. O problema está aí, não em bater ou não bater.

Até porque reitero: não bater, como não se vinha batendo, era caminhar para a derrota certa. Recuperem as pesquisas e vejam como era a ascensão de Alckmin, de dois em dois pontos. Fôssemos considerar a variável tempo, talvez ele ultrapassasse Lula ali pelo dia 24 de dezembro… Algo aconteceu quando a campanha mudou. E o evento — o segundo turno — se deu quando os petistas tiveram a brilhante idéia de destruir José Serra.

Isso é história. Pesquisem aí e preencham o roteiro com números para vocês verem se confere ou não. O PT está fazendo terrorismo? Não basta gritar. É preciso contra-atacar. Uma boa idéia é estudar como Jandira Feghali (PC do B) perdeu a vaga do Senado no Rio para Francisco Dornelles (PP-RJ). Eu sei que ele também apóia Lula. Estou apenas dando exemplo de uma disputa em que se soube trabalhar um fenômeno chamado “opinião pública”.

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