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Brasil

Tio Rei, o arauto

Às 15h02, no post “Um e-mail de Diogo Mainardi”, escapou um comentário, que os vigilantes leitores deste blog já me pediram para excluir. Fui ver o que dizia e decidi não só deixar lá como reproduzi-lo aqui, na forma como veio, inclusive com a gramática achada no pasto. Vejam que mimo: Quando vc vai sair […]

Por Reinaldo Azevedo 31 jul 2008, 06h37 • Atualizado em 31 jul 2020, 19h11

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Às 15h02, no post “Um e-mail de Diogo Mainardi”, escapou um comentário, que os vigilantes leitores deste blog já me pediram para excluir. Fui ver o que dizia e decidi não só deixar lá como reproduzi-lo aqui, na forma como veio, inclusive com a gramática achada no pasto. Vejam que mimo:

Quando vc vai sair do armário e falar sobre sua ligação com os Arauto$ do Evangelho… É a mesma cabala que quer destruir o trabalho do Julinho Lancelotti… um HOMEM realmente de muita LUZ! Nada haver com figuras dantesca$ como vc e seus familiare$

Comento
É “nada a ver”, animal, não “nada haver”. Notaram a sutileza criativa do cifrão em lugar do “S” convencional? Essa gente é muito imaginativa. Quando põe para funcionar os neurônios, é uma explosão de charme, originalidade e picardia…

Para quem não sabe, o nome “Arautos do Evangelho” designa um grupo tradicionalista católico, que tem lá seus pontos de vista — que eu saiba, todos abrigados pela Constituição do Brasil. Compreendo: um petralhotário acha normal que pessoas se associem para fumar maconha ou consumir cocaína, mas consideram inaceitável que alguém defenda o tradicionalismo religioso.

Descobri, também, que eu sou uma verdadeira incubadora de tradicionalismos católicos. Já me associaram à TFP, ao Opus Dei, ao Comunhão e Libertação e, agora, aos Arautos do Evangelho. Desse jeito, vou me candidatar a líder da Internacional Tradicionalista Católica, né?, juntando todas essas correntes.

Outro dia, um rapaz queria saber, já contei aqui, se eu uso cilício — sim, leitor, este com “c”, embora a cavalgadura tenha escrito com “s”. Há duas coisas que detesto, um tanto acima de muitas outras: água fria e sentir dor. Sou a favor da analgesia e da água morna. Sabem aquela primeira lambada das ondas, nos países baixos, quando a gente entra no mar? Detesto. Depois me acostumo… Adiante. Não, não uso cilício. Mas e se usasse? É mais feio do que dar pico na veia?