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Reinaldo Azevedo

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#SouTerrorista – Os terroristas morais, éticos e intelectuais resolvem sair da toca

Segundo a lógica asinina dos que se opõem a uma lei contra o terrorismo, um país em que tudo fosse permitido não abrigaria crime nenhum. Esse lugar existe ao menos na imaginação: é o inferno

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h27 - Publicado em 25 fev 2016, 22h03

É uma pena que a burrice e a delinquência intelectual não possam ser consideradas expressões do terrorismo, não é mesmo? Circula nas redes um abaixo-assinado contra a lei antiterrorismo, que já é frouxa a mais não poder, intitulado #SouTerrorista. Mais de três mil cretinos já aderiram.

Dirigindo-se à presidente Dilma, afirma o texto da petição: “Qualquer pessoa lutando publicamente por seus direitos poderá ser enquadrada como terrorista”. É mentira. Só um energúmeno que não leu a lei pode afirmar isso.

E prossegue a petição: “Vossa excelência já sentiu na pele o que significa estar nas mãos de agentes do poder sob acusação de terrorismo. É incompreensível que manche essa passagem da sua biografia assinando essa lei desnecessária e antidemocrática”.

Bando de canalhas morais! Em primeiro lugar, Dilma pertencia, de fato, a uma organização terrorista. Ela não foi torturada por isso. Em segundo lugar, se a existência de uma lei antiterror torna antidemocrático um país, então os Estados Unidos, o Chile, a França, a Alemanha, a Itália, a Dinamarca, a Suíça, a Suécia e a Bélgica, para citar alguns casos, são notórias ditaduras.

A reportagem da Folha resolveu ouvir um tal Marcio Astrini, coordenador do Greenpeace Brasil. Esse gigante da lógica diz que a lei brasileira traz um problema que existe no mundo inteiro: “Ninguém consegue tipificar em lei o que é terrorismo”, o que exporia qualquer pessoa à possibilidade de “ser tachado como terrorista”.

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Ah, se é um problema mundial, vamos dar início a um movimento planetário contra leis que punam o terrorismo. No dia em que não existir mais esse tipo penal, esse crime acaba. Aliás, vamos extinguir também o crime de homicídio. E zeraremos os homicídios.

Astrini pertence àquela notável categoria de pessoas que acham que a existência de uma lei que puna um determinado ato é que dá origem ao tal ato. É uma lógica asinina. Segundo esse raciocínio, um país em que tudo fosse permitido não abrigaria crime nenhum. Esse lugar existe ao menos na imaginação: é o inferno.

Atenção! O Brasil está prestes a sofrer sanções internacionais por não dispor de uma lei antiterror. E só é assim justamente porque tal dispositivo existe no mundo inteiro. Por que haveria de ser diferente aqui?

Essa gente, como define o lema de sua estúpida campanha, é mesmo “terrorista”. São terroristas intelectuais. São terroristas éticos. São terroristas da razão.

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O texto aprovado na Câmara e que vai à sanção de Dilma já torna imunes à imputação de terrorismo os ditos “movimentos sociais” e também exclui das causas motivadoras do terror o “extremismo político”. Reitero: o Estado Islâmico pode pregar abertamente no Brasil. Que nojo desses caras!

Esses vagabundos morais só estão contra uma lei que defina e puna terrorismo porque, no fundo, reivindicam o direito de apelar à violência para impor sua vontade. Querem a prerrogativa de ameaçar e de chantagear a sociedade sem que tenham de responder por isso.

No tempo certo, o texto relatado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) tem de ser recuperado. A lei aprovada no Brasil é vergonhosa e, na prática, protege terroristas.

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