Sim, vejam o filme “Cidadão Boilesen”
A petralhada resolveu reagir ao post sobre Carlos Eugênio da Paz, aquele que fala em tom lírico sobre um “fuzil muito bom para execuções”, citando o filme “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski. Eu já assisti à fita e recomendo que todos façam o mesmo. Está nas locadoras. Os indícios de que o empresário estava ligado […]
A petralhada resolveu reagir ao post sobre Carlos Eugênio da Paz, aquele que fala em tom lírico sobre um “fuzil muito bom para execuções”, citando o filme “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski. Eu já assisti à fita e recomendo que todos façam o mesmo. Está nas locadoras. Os indícios de que o empresário estava ligado ao aparelho de repressão são grandes. E daí?
Eu não o chamei de santo no post sobre Carlos Eugênio. Destaquei a ligeireza — e, não sei, não, talvez o prazer — com que o ex-terrorista fala sobre a morte. Mais: destaquei que a sua ética, revelada em seu depoimento, é igual à dos torturadores. Segundo ele mesmo diz, os dois lados tinham “tribunal de exceção”.
A diferença está no vetor moral, né? Boilesen está morto — nas circunstâncias em que ele próprio narra. E ninguém o chama de herói. E Carlos Eugênio está por aí, anistiado, indenizado, posando de pensador, com livro prefaciado por Franklin Martins. A turma de Boilesen não custa um tostão aos cofres públicos; a de Carlos Eugênio já os sangrou em mais de R$ 4 bilhões!!!