Por Catia Seabra e José Alberto Bombig: O governador eleito José Serra (PSDB) disse ontem ser contra a aprovação das emendas que aumentam seu futuro salário dos atuais R$ 12,7 mil mensais para R$ 18 mil ou até R$ 22 mil, ampliando o teto do funcionalismo no Estado.Calculando em R$ 500 milhões anuais o impacto de um reajuste dessa magnitude sobre os cofres do Palácio Bandeirantes -o que ele chama de “insanidade”-, Serra trabalha para impedir que ele seja aprovado.Na noite de ontem, os líderes de governo e oposição fizeram um acordo político para votar o projeto de lei original -apresentado pela Mesa da Assembléia- que mantém o salário do governador em R$ 14.850 e eleva o dos secretários estaduais de R$ 6.200 atuais para R$ 11.800 mensais. Os secretários estavam sem reajuste desde 1995.A polêmica em relação ao projeto é que três deputados -Afonso Lobato (PV), Rafael Silva (PL) e Rogério Nogueira (PDT), todos da base do governo- apresentaram emendas ao texto original aumentando também o salário do governador atual e do eleito. Se isso fosse aprovado, teria um efeito cascata no Executivo.Segundo Serra, essas propostas de reajuste “visam a subir o teto salarial do Estado, limitado pelo salário do governador”.”Há meses me oponho frontalmente a isso”, disse Serra ontem, referindo-se ao peso do reajuste sobre as contas do Estado.O atual governador do Estado, Cláudio Lembo (PFL) recebe R$ 12,7 mil, apesar de seu salário estar fixado em R$ 14 mil. Ele e seu antecessor, Geraldo Alckmin (PSDB), abriram mão do reajuste no ano passado.
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