Senador cobra explicações sobre verbas da Petrobras e do Banco do Brasil repassadas ao “Fora do Eixo”, de Capilé
Na VEJA.com: O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) protocolou nesta quinta-feira três requerimentos em que questiona os ministérios da Cultura, Fazenda e de Minas e Energia sobre os critérios utilizados para o repasse de verbas da Petrobras e do Banco do Brasil para o Fora do Eixo, coletivo cultural liderado por Pablo Capilé – e […]
Na VEJA.com:
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) protocolou nesta quinta-feira três requerimentos em que questiona os ministérios da Cultura, Fazenda e de Minas e Energia sobre os critérios utilizados para o repasse de verbas da Petrobras e do Banco do Brasil para o Fora do Eixo, coletivo cultural liderado por Pablo Capilé – e cerne da Mídia Ninja. Além dos critérios para aprovação de projetos, o senador também pergunta quais foram os mecanismos utilizados para o repasse dos recursos públicos e como se deu a prestação de contas pelo coletivo.
Segundo Aloysio Nunes, as questões foram motivadas após a leitura da reportagem de VEJA publicada em 14 de agosto, intitulada como “O ninja do PT”, sobre Capilé e o funcionamento do Fora do Eixo. “Também assisti à entrevista que ele concedeu ao programa Roda Viva sobre a Mídia Ninja. Eles sustentam que são uma alternativa à imprensa tradicional, que são independentes. Mas até que ponto são realmente independentes?”, conta o senador em entrevista ao site de VEJA. “Eles dizem que pagam os prestadores de serviços com Cubo Cards. Quero saber se a verba que eles recebem da Petrobras e do Banco do Brasil também é recebida em Cubo Cards ou em dinheiro mesmo. Se for em dinheiro, quero a prestação de contas”, diz Nunes.
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Histórico
Em atividade desde 2005, o Fora do Eixo é conhecido no cenário da cultura independente e ganhou destaque com a repercussão da Mídia Ninja. O grupo possui outros braços, como uma “universidade livre”, apoiada pela Petrobras; um selo musical, que possui incentivo do Ministério da Cultura; o embrião de um partido político, chamado de Partido Fora do Eixo; e também casas espalhadas pelo Brasil onde vivem jovens que não pagam aluguéis e trabalham em prol do grupo sem receber salário. No entanto, recebem como remuneração uma moeda virtual chamada de Cubo Card, que pode ser utilizada em troca de serviços de parceiros do grupo.
Na última semana, o coletivo se tornou alvo de denúncias, como usurpação do trabalho de artistas, retenção de cachês, estelionato, entre outros, que despontaram com o depoimento da cineasta Beatriz Seigner, diretora do filme Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano, postado em sua página pessoal do Facebook.