“Se estamos todos juntos, contra quem vamos lutar?”
Ainda sobre o post abaixo: Vejam que maravilha: se o que se pretende para Belo Horizonte for o exemplo do que se quer para o Brasil, viveremos realmente uma realidade inédita: todos os partidos estariam juntos, exceção feita ao DEM — mas olhem lá: todo o esforço seria feito para atrair o partido. Seria realmente […]
Vejam que maravilha: se o que se pretende para Belo Horizonte for o exemplo do que se quer para o Brasil, viveremos realmente uma realidade inédita: todos os partidos estariam juntos, exceção feita ao DEM — mas olhem lá: todo o esforço seria feito para atrair o partido. Seria realmente um sonho: hoje em dia, o PC do B e Paulo Maluf já apóiam o mesmo governo. Por que não ampliar?
Tudo seria feito pelo bem do Brasil. Mesmo com uma aliança mais restrita, vocês conhecem coisa mais republicana do que o modo como o PMDB abiscoitou as Minas e Energia e uma diretoria da Petrobras — por enquanto?
Estamos diante de um esforço muito original que consiste em usar a política para anular a política.
Lembrei-me, de novo, de um refrãozinho que o grupelho trotskista a que eu pertencia cantava para os “reformistas” do PCB, que defendiam a aliança com a burguesia nacional: “Se estamos todos juntos, contra quem vamos lutar?”
Aí me responderia o retórico entusiasmado com a união do PT com o PSDB: “Não vamos lutar CONTRA ninguém, Reinaldo, mas A FAVOR do Brasil”.
Ah, bom… Se é assim, então tá bom. É como se tem feito política, por exemplo, no Maranhão. Todo mundo se une a favor. E olhem que prodígios se operaram por lá. A ONU não cansa de ficar com o queixo caído. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é péssimo, mas o IDFG — o Índice de Desenvolvimento da Família Governante — é um portento.