Recuperação nos EUA pode demorar até 2010, diz assessor de Obama
Da France Presse, em Washington:A recuperação da economia americana pode não começar antes do início de 2010, declarou nesta segunda-feira Lawrence Summers, assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em entrevista transmitida pela rede de televisão CNN.No domingo, Larry Summers, declarou que a nova administração americana “herdou o pior sistema financeiro desde a […]
A recuperação da economia americana pode não começar antes do início de 2010, declarou nesta segunda-feira Lawrence Summers, assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em entrevista transmitida pela rede de televisão CNN.
No domingo, Larry Summers, declarou que a nova administração americana “herdou o pior sistema financeiro desde a Depressão de 1930″.
Em entrevista à rede Fox News, Larry Summers afirmou: “Quando, em um quarto de século, a gente voltar ao passado e estudar as grandes crises bancárias, a de 2007 e 2008 nos Estados Unidos será uma dessas crises”. “Herdamos o pior sistema financeiro desde a Depressão”, insistiu.
Summers pediu a adoção rápida do plano de estímulo à economia, de US$ 780 bilhões, que o Senado planeja votar na segunda-feira, cujo texto deverá ser harmonizado com o aprovado pela Câmara de Representantes, de US$ 819 bilhões.
Segundo ele, a economia americana precisará de apoio nos próximos dois anos: “Acho que essa economia ainda vai precisar de apoio por dois anos”.
O diretor do Conselho Econômico Nacional garantiu que os gastos contemplados no pacote, sobretudo, para a educação e, em parte, para a Previdência Social, “não serão permanentes” –na tentativa de acalmar os republicanos, que estão alarmados com o aumento do déficit e das ajudas às camadas mais desfavorecidas da população.
“Isso não se fará de maneira permanente no orçamento. Em um dado momento, sairemos dessa recessão, e os gastos serão reduzidos”, garantiu.
“O presidente disse, claramente, que esse apoio temporário à educação é para evitar que professores sejam demitidos”, acrescentou Summers.
Em outra entrevista, à rede ABC, Summers se referiu ao “apoio aos bancos, de modo a estabilizá-los e que estejam em condições de emprestar”. “Haverá apoio, em geral, para os mercados creditícios”, afirmou.
“É absolutamente fundamental: haverá apoio e pressão que garanta que serão evitadas essas execuções desnecessárias”, insistiu, acrescentando que será preciso agir “agressivamente para conter o dano no mercado imobiliário”.