Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

REALISMO, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS

Eu juro que ainda cuido dos quase 600 comentários que estão na fila. Antes, algumas considerações. No fim da noite, chegaremos juntos à ágora, hehe. Leitores escrevem e/ou perguntam: “Pô, achei seus textos pessimistas; o que você acha que tem de ser feito?” Bem, minha gente, essa história de “o que fazer” era com Lênin, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h58 - Publicado em 4 fev 2010, 15h35

Eu juro que ainda cuido dos quase 600 comentários que estão na fila. Antes, algumas considerações. No fim da noite, chegaremos juntos à ágora, hehe. Leitores escrevem e/ou perguntam: “Pô, achei seus textos pessimistas; o que você acha que tem de ser feito?”

Bem, minha gente, essa história de “o que fazer” era com Lênin, o psicopata. Eu só me dedico a operações lógicas e à mais aborrecida das coisas: lembrar que as causas vêm antes das conseqüências. Trata-se de uma tautologia que, quando ignorada, conduz a grandes desastres.

E não, nunca sou pessimista. Dado esse enlace indestrutível entre as causas e as conseqüências, eu sou sempre realista. Como considero que essa gente, vocês sabem qual, não tem um compromisso essencial com a democracia e que seu horizonte é autoritário — e estou mais convicto disso a cada dia porque, a cada dia, é a ciência política, não eu, que se encarrega de demonstrar que isso está certo —, A LÓGICA ME INDICA QUE O CORRETO É CRIAR AS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS PARA QUE ELES NÃO ATINJAM SEUS OBJETIVOS.

Se não houver as condições de o PSDB fazer a coisa certa — cuidar de organizar as causas que podem conduzir às conseqüências esperadas pelo partido e por boa parte dos brasileiros —, que sentido faz ir para um massacre certo?

Certo? Certíssimo! Jamais uma máquina como a que está aí foi posta para funcionar, boa parte dela operando na mais escancarada ilegalidade; com raras exceções, a imprensa, especialmente a paulista, aderiu de modo miserável à candidatura oficial. O desafio já é gigantesco se as causas estiverem arrumadas para uma possível conseqüência. Se não estiverem, aí, meus caros…

Continua após a publicidade

Aí, meus caros, eu os remeto ao filme A Vida de Brian, do genial Monty Python: lembram-se daquele comando que foi protestar contra a crucificação do herói? Seu ato de rebeldia consistiu no suicídio coletivo… Se São Paulo tiver de ser a fortaleza, que seja.

O que é cuidar das causas? Já deixei claro: cuidar das causas é contar com a união São Paulo-Minas — união de fato, não de ficção. E aí a sorte está lançada. Em política, não existe bilhete premiado. Há sempre risco. Com efeito, é uma guerra travada por outros meios. Pode-se ganhar ou perder. Mas só um cretino vai para o confronto sabendo que não se fez O MELHOR POSSÍVEL PARA VENCER.

Na linguagem típica, os petralhas se manifestam: “rá, rá, hehehe, oinc, oinc, coach, coach, au, au…” É o discurso que fazem quando imaginam “O Partido” esmagando todos os adversários, até que não reste um só. Parte desse alarido está na própria imprensa. Como reajo? Com absoluta frieza. Como é aquele papo de resistir no planalto ou na planície. Pois é. O planalto paulista é um bom lugar para se resistir.

Continua após a publicidade

É evidente que as oposições reúnem as condições necessárias para uma disputa com chances de vitória, embora o oficialismo seja o favorito.

MAS SÓ E SOMENTE SÓ SE AS CAUSAS FOREM CONSIDERADAS ANTES DAS CONSEQÜÊNCIAS.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.