PT reage e se nega a retirar nome de Viana
Por Vannildo Mendes, no Estadão:Depois de negar várias vezes o desejo de concorrer e incentivar a reeleição do correligionário Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o senador José Sarney (PMDB-AP) escolheu a casa do atual presidente do Senado para anunciar oficialmente que disputará a presidência. O anúncio causou reação imediata do PT, que em nota da líder […]
Depois de negar várias vezes o desejo de concorrer e incentivar a reeleição do correligionário Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o senador José Sarney (PMDB-AP) escolheu a casa do atual presidente do Senado para anunciar oficialmente que disputará a presidência. O anúncio causou reação imediata do PT, que em nota da líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC), reafirmou a candidatura de Tião Viana (PT-AC).
“Não desejei, não queria e esperava que não se chegasse a essa situação, mas não poderia deixar de aceitar o apelo do meu partido em prol da unidade”, disse. Ele fez o anúncio, ao lado de um constrangido Garibaldi, que teve de retirar sua candidatura à reeleição.
Sarney propôs que o senador Tião Viana (PT-AC) retirasse sua candidatura em prol da unidade da base aliada. A pressão seria exercida pelos líderes partidários. “Essa construção de articulações é sempre feita pelas lideranças”, disse. “É com redobrado desejo de servir ao País, de ajudar a governabilidade, que vou aceitar, se eleito, a presidência do Senado.”
Certo da vitória, o senador em vários momentos falou como se já estivesse eleito presidente do Senado. Sarney disse que tem compromissos com políticos, com amigos e com o partido, mas que no cargo terá comportamento isento. “Como presidente do Senado, me manterei numa linha de independência entre os Poderes”, afirmou.
Ele considera normal o PMDB disputar a presidência das duas casas do Congresso. “O PMDB já é forte e se está desejando presidir as duas casas é porque tem a maioria das bancadas.” O senador lembrou o regimento da Casa, segundo o qual as comissões serão presididas de acordo com a proporcionalidade dos partidos. “Essa é uma decisão que foi tomada pelo povo, não pelo PMDB.”