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Reinaldo Azevedo

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Protesto contra o resultado das urnas. Pra quê?

Leiam o que vai abaixo. Comento depois: No Estadão Online:Simpatizantes do deputado Fernando Gabeira, candidato derrotado do PV à prefeitura do Rio, estão convocando pela internet um protesto contra o resultado da eleição na cidade para amanhã. Logo após a apuração, no domingo, eleitores do candidato criaram uma página no site de relacionamentos Orkut para […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h41 - Publicado em 29 out 2008, 22h47
Leiam o que vai abaixo. Comento depois:

No Estadão Online:
Simpatizantes do deputado Fernando Gabeira, candidato derrotado do PV à prefeitura do Rio, estão convocando pela internet um protesto contra o resultado da eleição na cidade para amanhã. Logo após a apuração, no domingo, eleitores do candidato criaram uma página no site de relacionamentos Orkut para discutir o que consideram flagrantes de boca-de-urna do segundo turno, que teriam favorecido Eduardo Paes (PMDB), que ganhou a eleição. Em três dias, a comunidade já contava dez mil adeptos.
“Cogitamos entrar em contato com o Gabeira, mas percebemos que isso ia contra um dos ideais do movimento, o apartidarismo. Mesmo ele participando como cidadão, as pessoas teriam uma visão errada. Por essas e outras queremos distância dos políticos em nosso protesto”, disse Matheus Tavares, 17 anos, que foi o autor do manifesto intitulado “Movimento Pró-Democracia”, que deu origem ao movimento.
O manifesto se espalhou pela internet em blogs, mensagens instantâneas e correntes de e-mails. Panfletos virtuais convocam “indignados” para uma passeata no centro do Rio amanhã. Vestindo preto, os jovens que tem trocado mensagens freneticamente nos últimos dias pretendem se concentrar na Cinelândia e seguir até a sede do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), para pressionar a Justiça a investigar denúncias de propaganda negativa contra Gabeira. Eles levarão denúncias que estão reunindo pela internet.
Embora o movimento se defina como “apartidário, pacífico, espontâneo e democrático”, os envolvidos não escondem que são eleitores de Gabeira. A manifestação está sendo planejada seguindo as linhas da campanha do verde, como uso intensivo da internet, material artesanal e cidade limpa. Cada grupo tem a missão de certificar que panfletos não serão jogados no chão durante a caminhada. As convocações são distribuídas pela internet e cada um imprime quantos quiser para cumprir a tarefa de atrair participantes no boca a boca.

Comento
Com o devido respeito, trata-se de uma asneira antidemocrática no propósito, embora protestar faça parte da democracia. Vamos ver.

Cheguei a saudar, apuradas as urnas do primeiro turno, a disputa do Rio como a mais potencialmente civilizada do Brasil. Quem sabe o que penso deve imaginar que não aprovo o passado de Gabeira, mas tenho enorme simpatia pelo seu presente, e já faz bastante tempo. Divirjo de um monte de coisa. Mas divirjo de tanta gente! Afirmei, à época, minha simpatia por Eduardo Paes e, vamos dizer, contextualizei a sua andança partidária. Ele é um bom quadro da política fluminense, e o PSDB no estado nunca procurou se organizar o bastante.

Detestei, no entanto, a campanha de segundo turno no Rio, especialmente as ações do PMDB. Panfletos apócrifos demonizado o adversário, uma tentativa de disparar o que chamo de gatilhos de irracionalidade contra o “outro”: “apóia prostituição, apóia pedofilia, apóia drogas”, tudo muito rasteiro, abaixo da linha da cintura. Na campanha de Gabeira, já havia escrito aqui, vi um certo movimento contra a política, como se a disputa fosse, para lembrar Caetano Veloso, tão presente na propaganda, só um “jeito de corpo”. Ela tinha um cheiro de amadorismo e de engajamento, digamos, espiritual — daí a abstenção muito maior entre seus prováveis eleitores. Eleição se ganha nas urnas, não com acenos simbólicos.

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Se eu votasse, teria votado em Eduardo Paes no primeiro turno e em Gabeira no segundo. E deixo claro por quê: achei a campanha do PMDB detestável. Mas o candidato do PV teve tempo de reagir se quisesse. Os advogados deveriam ter recorrido de forma profissional às instâncias legais etc.

Eduardo Paes é o prefeito do Rio por uma razão muito simples: TEVE MAIS VOTOS. E isso é incontestável. O resto, perdoem-me, é inconformismo com a democracia.

Volto a mediar comentários só no começo da madrugada.

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