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Reinaldo Azevedo

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Promotor argentino – Chaveiro nega versão oficial e diz que porta do apartamento estava aberta; havia um terceiro acesso ao imóvel, em que há pegadas e uma digital

Os mistérios sobre a morte do promotor argentino Alberto Nisman, que acusava a presidente Cristina Kirchner de deflagrar uma operação para esconder a responsabilidade do Irã em ataques terroristas contra alvos judaicos, só faz crescer. Agora, duas informações importantíssimas se juntam à penca de dúvidas. Vamos ver. Tão logo se anunciou que Nisman estava morto, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h17 - Publicado em 22 jan 2015, 03h00

Os mistérios sobre a morte do promotor argentino Alberto Nisman, que acusava a presidente Cristina Kirchner de deflagrar uma operação para esconder a responsabilidade do Irã em ataques terroristas contra alvos judaicos, só faz crescer. Agora, duas informações importantíssimas se juntam à penca de dúvidas. Vamos ver.

Tão logo se anunciou que Nisman estava morto, divulgou-se a informação de que as portas do apartamento em que morava estavam fechadas por dentro. Na verdade, a principal tinha uma fechadura eletrônica; o acesso à de serviço é que se dava por chave tradicional. Um serralheiro foi, então, chamado para abri-la.

E eis a grande surpresa: Walter, esse é o nome do profissional, afirmou às autoridades que, quando ele chegou ao apartamento de Nisman, a porta de serviço estava aberta, à diferença do que havia informado a Secretaria de Segurança Nacional, de que o titular é o kirchnerista Sergio Berni.

Há outra informação ainda mais intrigante: descobriu-se que havia um terceiro acesso ao apartamento em que Nisman estava morando: o imóvel se comunicava com outro no mesmo andar por intermédio de dutos de ar condicionado, onde foram encontradas pegadas e ao menos uma impressão digital. A Justiça determinou uma perícia neste outro apartamento, em que mora um cidadão chinês.  Até esta quarta, ignorava-se esse terceiro acesso.

Assim, o mistério só vai aumentando. Guardado por dez seguranças, em dois turnos de cinco, Nisman teria dispensado sua guarda pessoal no sábado, na antevéspera de depor. Por que faria isso? Um homem chamado Diego Lagomarsino procurou a polícia para dizer que levara ao promotor, a seu pedido, no próprio sábado, a pistola calibre .22, de onde partiu o tiro que o matou. Segundo seu depoimento, o promotor lhe fez esse pedido porque temia ser vítima de um atentado. É mesmo? E por que teria dispensado, então, a segurança? O que uma pequena pistola poderia fazer contra terroristas?

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Nesse dia, Nisman ainda falou com jornalistas e conhecidos. Chegou até a enviar fotos. Os seguranças voltaram à sua casa, conforme suposta instrução sua, só às 11h30 do domingo. Ele já não atendeu o telefone. Só tentaram falar com ele de novo às 14h. Nada! Sua secretária foi mobilizada. Sem sucesso. Segundo a perícia, ele morreu só às 15h. Os seguranças dizem só ter subido ao andar em que morava às 19h — por que tanto tempo? A porta estaria trancada por dentro. O chaveiro desmente a versão. Atenção! Só se anunciou oficialmente a sua morte à 0h10 de segunda. Não há vestígio de pólvora em sua mão. No seu apartamento, foi encontrada uma lista de compras de supermercado que ele deixara para a empregada. Alguém que vai se matar se dá a esse trabalho?

Entidades judaicas já decidiram que Nisman não será enterrado na área reservada aos suicidas. Seu jazigo ficará entre os das 85 vítimas do ataque terrorista praticado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), ocorrido no dia 18 de julho de 1994. Há evidências de sobra de que foi um ataque perpetrado por terroristas do Hezbollah, com financiamento iraniano — aquele que, segundo Nisman, Cristina e seu chanceler, Hector Timerman, queriam esconder.

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