Privatizações: como o PT lutou bravamente para manter o país mergulhado no atraso
É… E pensar que as privatizações foram o cavalo-de-batalha do PT contra o PSDB em 2002 e, mais ainda, por incrível que pareça, em 2006! Pior de tudo: pensar que não só os tucanos não souberam defender o seu passado como ainda tentaram renegá-lo. Contra os números. Por que escrevo isso? Leiam esta notícia da […]
E tem mais: “Em 1998, quase 100% do mercado de telefonia móvel [5 milhões de telefones] era concentrado nas classes A e B. Em 2006, 60% deste mercado está nas mãos das classes C, D e E. Mais ainda: “Cerca de 64% dos usuários de celular apresentam uma renda inferior a R$ 480, ante os 10% com renda superior a R$ 1200”. A privatização da Telebras foi um dos maiores programas sociais jamais criados no país. O outro foi a Lei dos Genéricos. Nos dois casos, são benefícios inegáveis que movimentam a economia, em vez de fazê-la estagnar da miséria.
Ainda hoje, os petistas enchem a boca e dizem que a Telebras foi vendida a preço de banana. Foram nada menos de R$ 22 bilhões. De 1998 até hoje, investiram-se na área outros R$ 135 bilhões. Imaginem o Estado brasileiro, que tem uma sobra para investimentos de R$ 9 bilhões, tendo de arcar com esse montante. Estaríamos nos comunicando com sinais de fumaça. Entre telefonia fixa e móvel, em 1998, havia 24 milhões de acessos no país: hoje, são 135 milhões. A rede telefônica gerava impostos de R$ 5 bilhões ao ano em 1998; hoje, são R$ 35 bilhões.
Lula e os petistas foram contrários à privatização. Botaram nas ruas seus bate-paus; recorreram a quantas chicanas jurídicas foi possível; fizeram com que os brasileiros se sentissem roubados. Esses números não apareceram no horário eleitoral, não foram exibidos na campanha, não se transformaram em matéria de disputa política. Ao contrário: Alckmin vestiu boné e jaqueta em defesa das estatais. Em suma, o PSDB não soube defender o seu patrimônio.
E, para ser franco, parece que continua a não saber.