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Reinaldo Azevedo

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Pré-candidato ao governo de SP pelo PT indicou diretor de laboratório-lavanderia de doleiro preso

Por Rodrigo Rangel, na VEJA.com: Mensagens interceptadas durante a Operação Lava Jato e obtidas por VEJA arrastam para o escândalo o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Os nomes de Vaccarezza e Padilha aparecem em um relatório enviado à Justiça pela Polícia Federal, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h00 - Publicado em 24 abr 2014, 21h13

Por Rodrigo Rangel, na VEJA.com:
Mensagens interceptadas durante a Operação Lava Jato e obtidas por VEJA arrastam para o escândalo o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Os nomes de Vaccarezza e Padilha aparecem em um relatório enviado à Justiça pela Polícia Federal, detalhando a ligação do deputado André Vargas (PT-PR) com o doleiro Youssef. Em uma das conversas, os dois tratam da contratação de um executivo para o Labogen, o laboratório-fantasma do doleiro, que servia à lavagem de dinheiro. O deputado avisa que o executivo escolhido encontraria Youssef dias depois. E diz que quem o indicou foi Padilha. Ele passa o número do telefone do tal executivo, um celular registrado em Brasília, e, na sequência, arremata: “Foi Padilha que indicou”. Pelo número de telefone, os investigadores identificaram o “indicado” como Marcus Cezar Ferreira da Silva, que trabalhou como assessor parlamentar de um fundo de pensão controlado pelo PT.

Outras figuras estreladas do PT aparecem em documentos inéditos da investigação que levou Youssef para a prisão Youssef, acusado pela PF de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou 10 bilhões de reais.

Vaccarezza
Mensagens interceptadas mostram que Youssef participou, junto com Vargas, de uma reunião no apartamento de Vaccarezza, em Brasília, para tratar de interesses do doleiro. Também esteve no encontro o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor, que já havia aparecido na investigação como sócio oculto de Youssef no Labogen. Graças à ajuda dos políticos amigos do doleiro, o Labogen conseguiu fechar um contrato para fornecer remédios ao Ministério da Saúde.

Na troca de mensagens, datada de 25 de setembro do ano passado, Youssef avisa Vargas que acabou de chegar a Brasília e que precisa falar com ele. Diz que viajou junto com PP, como é conhecido Pedro Paulo Leoni Ramos. “Achei que você estivesse aqui na casa do Vacareza (sic)”, escreve o doleiro. “Tô indo”, responde André Vargas.

Diz a Polícia Federal no relatório: “Os indícios apontam que o alvo Alberto Youssef mantinha relações com o deputado federal Candido Vaccarezza, inclusive indicando que houve uma reunião na casa do deputado federal Vaccarezza, reunião esta entre Alberto Youssef, deputado federal André Vargas e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos”. O telefone de Vaccareza aparece destacado entre os contatos da agenda de um dos aparelhos usados pelo doleiro.

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No mesmo dia do encontro no apartamento de Vaccarezza, Youssef volta a falar com Vargas. E diz que o deputado deve “cobrar e ficar em cima”. “Senão não sai”, diz ele. Cinco minutos depois, Vargas escreve: “(Em) 30 dias estará resolvido”. Para a polícia, eles estavam articulando o contrato da Labogen com o Ministério da Saúde, assinado três meses depois.

É justamente em torno dos negócios que o grupo buscava para ganhar dinheiro com o Labogen que aparecem as referências diretas ao então ministro Alexandre Padilha, agora pré-candidato ao governo paulista. Em 26 de novembro de 2013, André Vargas diz que falou com “Pad”, que a PF relaciona a Padilha. “Falei com Pad agora, e ele vai marcar uma agenda comigo”, escreveu o deputado ao doleiro.

 

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