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Reinaldo Azevedo

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Podcast do Diogo: Como foi que eu me tornei Nando Mericoni?

Nando Mericoni é o personagem de Alberto Sordi em Um americano em Roma. Nota de rodapé número 1: o filme é de 1954. Nota de rodapé número 2: foi feito por Steno, um dos diretores mais subestimados de todos os tempos, aquele que fez os melhores filmes de Totó. Nota de rodapé número 3: um […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 22h55 - Publicado em 1 out 2008, 20h57
Nando Mericoni é o personagem de Alberto Sordi em Um americano em Roma. Nota de rodapé número 1: o filme é de 1954. Nota de rodapé número 2: foi feito por Steno, um dos diretores mais subestimados de todos os tempos, aquele que fez os melhores filmes de Totó. Nota de rodapé número 3: um de seus roteiristas é Ettore Scola, bem antes de os franceses o estragarem, convencendo-o a abandonar a comédia. E agora chega de notas de rodapé.

A trama de Um americano em Roma é elementar. Aliás, já está perfeitamente resumida no título. Nando Mericoni, um inútil que mora com os pais num bairro popular de Roma, mitifica patologicamente os Estados Unidos. Seu sonho é se transferir para lá. Ele imita os americanos em tudo. Usa jeans e boné de beisebol. Prega nas paredes cartazes de Joe di Maggio. Com sua motocicleta, na periferia de Roma, finge ser um policial de Kansas City. Fala uma língua macarrônica, que mistura o dialeto romano com um ou outro termo equivocado em inglês.

Uma noite, Nando Mericoni chega em casa esfaimado. Em vez de comer a macarronada preparada pela “mommie”, ele mistura num prato geléia, iogurte, mostarda e leite frio porque, segundo ele, comendo isso os americanos “Jim e Joe” derrotaram os apaches. Depois de cuspir enojado a primeira colherada, ele decide atacar impetuosamente a macarronada, com seus modos de caubói, dizendo: “Você me provocou, eu te destruo, macaroni. Verme, vou te comer”. É uma das cenas mais manjadas – e mais reprisadas – da história do cinema italiano.

E eu? Como pude regredir tanto assim, passando do americanismo erudito de Tocqueville e Raymond Aron, de 20 anos atrás – ou de 25 anos atrás -, ao meu atual estilo Nando Mericoni? Quando enfiei o uniforme de policial de Kansas City e me transformei nessa espécie de americano em Ipanema?
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