Em seu podcast, Diogo Mainardi trata de liberdade de imprensa e de Justiça. O mote é dado por duas sentenças judiciais em processos movidos contra o colunista: uma é do ministro Celso de Mello, do STF, e outra é do juiz Sang Duk Kim, ambas exemplares, a meu ver, de como a Justiça pode tornar ainda mais virtuosa a democracia. Clique
aqui para ouvir. Abaixo, segue um trecho: “Já cumpri meu papel no jornalismo. Ninguém se recordará de mim por este ou por aquele artigo. Ninguém se referirá a mim como um modelo a ser seguido. Minha glória se dará em outro campo – no campo legal. Muito tempo depois do meu desaparecimento como articulista, meu nome ainda irá reverberar nas aulas dos tribunais. Serei lembrado como um Larry Flynt da periferia. Larry Flynt tinha suas mulheres peladas. Eu tenho um bando de petistas peludos. Daqui a trinta anos, dois advogados irão se encontrar no fórum. O primeiro dirá: “Estou com um caso complicado envolvendo um articulista”. E o segundo responderá: “Já consultou aquele processo contra o Mainardi?”. O primeiro: “Mainardi? Quem é Mainardi?” E o segundo: “Que sei lá eu. Um imbecil qualquer. Mas a sentença do tribunal é um marco para a liberdade de imprensa no Brasil”.