Além da questão eleitoreira, há uma outra razão para o corte de 0,5 ponto percentual na Selic. O PIB do segundo trimestre vem uma porcaria em relação ao trimestre anterior. E será divulgado nesta quinta-feira. Os mais otimistas falam em 1,1% de crescimento; mas há sólidas apostas em apenas 0,6%. Ainda que dê o limite […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h16 - Publicado em 31 ago 2006, 00h55
Além da questão eleitoreira, há uma outra razão para o corte de 0,5 ponto percentual na Selic. O PIB do segundo trimestre vem uma porcaria em relação ao trimestre anterior. E será divulgado nesta quinta-feira. Os mais otimistas falam em 1,1% de crescimento; mas há sólidas apostas em apenas 0,6%. Ainda que dê o limite superior da banda, o crescimento de 2006 será de modestos 3,6% — Lula havia falado até em 5%, depois de um crescimento de 2,3% em 2005. O próprio IPEA já reviu sua estimativa: para 3,8%. Nos primeiros quatro anos (1995-1998), a média de crescimento do governo FHC foi de 2,57% (4,22%, 2,66%, 3,27% e 0,13%); no segundo (1999-2002), de 2,09% (0,79%, 4,36%, 1,31% e 1,93%). Houve apagão em 2001 e Lulão em 2002. O petista vive os melhores quatro anos da economia mundial do pós-guerra. As exportações, no período, dobraram de tamanho; o risco país, de fato, despencou — as taxas reais de juros, no entanto, continuam estratosféricas. Se o país crescer mesmo só aqueles 3,6% (e há quem fale em 3%), o Apedeuta, numa circunstância histórica única, com países emergentes se expandindo acima de 7%, vai produzir um crescimento médio, em 4 anos, de 2,8%, a saber: 0,50%, 4,90%, 2,30% e 3,6%. Sem enfrentar uma miserável crise. Em tempo: o desempenho pífio de setores da indústria que hoje sofrem com o real valorizado e com os juros é que empurram para baixo o crescimento do país.
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