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Reinaldo Azevedo

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Petralhas prometem fazer alguma coisa: USP é a 1ª no ranking das universidades latino-americanas; Unicamp é a 3ª; veja por que lista é a crônica dos desacertos brasileiros na área

Os petralhas não se conformam e prometem fazer alguma coisa. Pelo terceiro ano consecutivo, a USP é considerada a melhor universidade da América Latina. Claro, claro, fosse a primeira do mundo, melhor! Mas aí seria preciso ter outro país no entorno. Embora alguns aloprados imaginem que as universidades são territórios autônomos, a gente sabe que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 09h37 - Publicado em 28 Maio 2013, 16h39

Os petralhas não se conformam e prometem fazer alguma coisa. Pelo terceiro ano consecutivo, a USP é considerada a melhor universidade da América Latina. Claro, claro, fosse a primeira do mundo, melhor! Mas aí seria preciso ter outro país no entorno. Embora alguns aloprados imaginem que as universidades são territórios autônomos, a gente sabe que não são. Bem, num ranking mundial, a Universidade de São Paulo se manteve entre as 100 melhores do mundo no ano passado — entre a 61ª e a 71ª posições. Depois do 50º lugar, as instituições são apresentadas em grupos de 10..

Outra universidade estadual de São Paulo aparece na listada América Latina: a Unicamp ficou com a terceira posição. Duas Federais aparecem entre as 10: a do Rio de Janeiro (8º) e a da Minas Gerais (10º). Eis a lista.

1º – USP
2º – Pontifícia Universidade Católica do Chile
3º – Unicamp
4º – Universidade dos Andes (Colômbia)
5º – Universidade do Chile
6º – Universidade Nacional Autônoma do México
7º – Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (México)
8º – Universidade Federal do Rio de Janeiro
9º – Universidade Nacional da Colômbia
10º – Universidade Federal de Minas Gerais

Leiam o que informa a VEJA Online. Volto em seguida.
A Universidade de São Paulo (USP) encabeça, pelo terceiro ano consecutivo, o ranking de melhores instituições de ensino superior da América Latina. A lista, elaborada pela Quacquarelli Symonds (QS), consultoria britânica especializada em educação superior, foi divulgada nesta terça-feira. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece na 3ª colocação, atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile. O ranking completo pode ser acessado no site da QS.

Entre as dez primeiras colocadas na lista, há outras duas instituições brasileiras: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 8ª posição, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na 10ª. O ranking 2013 da QS analisa 300 universidades – cinquenta a mais do que a edição anterior -, e considera sete critérios, que incluem de reputação acadêmica à proporção de professores com título de doutorado. Além da opinião de acadêmicos e profissionais de todo o mundo, a avaliação considera um banco de dados com mais de 18.000 títulos de mais de 5.000 editoras internacionais para assegurar a relevância das publicações oriundas das universidades.

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O Brasil é disparado o país com a maior representatividade, com 81 instituições incluídas na lista. Em seguida, aparecem México (50), Colômbia (42) e Argentina e Chile, com 30 universidades no ranking cada. “Com duas universidades entre as três primeiras e 11 no ‘top’ 30, a dominação do Brasil neste ranking é ainda maior do que no anterior. O tamanho do sistema de ensino superior e os recentes investimentos no setor fazem com que o país fique bem a frente de seus rivais”, afirmou John O’Leary, um dos editores do ranking.

Voltei
Pois é… Com quatro universidades entre as dez, isso parece uma grande conquista… Será mesmo? A verdade, lamento constatar, é que a USP e a Unicamp fazem bonito aí no ranking regional. Mas o conjunto é muito ruim para o Brasil. E explico sem muita dificuldades por quê.

Voltem à lista: há duas instituições chilenas, duas colombianas e duas mexicanas na lista. Então vamos comparar. O pequenino Chile tem 17 milhões de habitantes e um PIB de US$ 248, 602 bilhões. O Brasil tem 200 milhões de habitantes e um PIB de US$ 2,4 trilhões. Com 46 milhões de habitantes, o PIB colombiano, sempre em número de 2012, é de US$ 328,422 milhões. O México conta com pouco mais da metade da população brasileira (117 milhões), com um PIB de US$ 1,7 trilhão. Vale dizer: o Brasil, sozinho, tem PIB e população superiores à soma dos outros três. Se quiserem fazer a conta pelo PIB per capíta, no grupo dos quatro, o Brasil (US$ 12.078) só perde para o Chile (US$ 17.380), ficando à frente do México (US$ 9.489) e da Colômbia (US$ 10.248). O Chile é um caso notável: tem quase 1/12 da população brasileira e um décimo do nosso PIB. Não obstante, há duas instituições chilenas entre as cinco primeiras.

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Outra nota: não há uma só universidade privada brasileira entre as dez melhores — e foi justamente esse ramo o que mais se expandiu no lulismo, financiado pelo Tesouro, via ProUni. Três da lista das 10 melhores são privadas: 2º – Pontifícia Universidade Católica do Chile; 4º – Universidade dos Andes (Colômbia) e 7º – Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (México).

O que parece ser um sucesso — quatro instituições brasileiras na lista de 10 — reflete, na verdade, mais um dos desacertos do Brasil na Educação. São Paulo pode até comemorar. O Brasil, no conjunto, não!

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