PARABÉNS, COLÔMBIA! DÊ UMA BANANA AOS BANANAS — AOS DAQUI E DE ACOLÁ
(leia primeiro o post abaixo) O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, defende a ampliação da cooperação militar de seu país com os EUA com argumentos absolutamente sólidos: enfrenta ainda uma guerrilha que tem ramificações em vários países do mundo, inclusive o Brasil — como sempre se asseverou aqui e agora confirmou o Tribunal Penal Internacional […]
(leia primeiro o post abaixo)
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, defende a ampliação da cooperação militar de seu país com os EUA com argumentos absolutamente sólidos: enfrenta ainda uma guerrilha que tem ramificações em vários países do mundo, inclusive o Brasil — como sempre se asseverou aqui e agora confirmou o Tribunal Penal Internacional —, e há a ameaça do narcotráfico. No caso colombiano, as duas coisas se conjugam: as Farc são “narcoterroristas”. E, com efeito, Uribe diz a verdade quando afirma que a Colômbia não agride ninguém. Nem agride nem tem a pretensão de ter satélites.
Ora, quem é que formou uma aliança, nas Américas, cujo elemento de identificação não é geopolítico, econômico ou mesmo geográfico? Hugo Chávez. A Alba, a união dos países ditos “bolivarianos”, busca uma unidade que é de caráter ideológico. Seria mais ou menos como a Colômbia propor, se houvesse membros para tanto, uma aliança de países alinhados com o liberalismo, emprestando a essa união um caráter militar. Fico aqui imaginando o que não diriam os comunas do complexo PUCUSP… Mas a Alba, é óbvio, deve lhes parecer uma coisa muito razoável.
Ora, quem é que vive a ameaçar vizinhos com intervenção militar, metido que está, claramente, numa corrida armamentista? Hugo Chávez.
Ora, quem é que decidiu celebrar um acordo de cooperação militar com a Rússia, chamando, ele sim, para a América do Sul um elemento de fato estranho aos chamados interesses do continente? Hugo Chávez.
Eu adoraria ouvir uma explicação de Celso Amorim — gente, eu estou brincando… — expondo por que a presença dos EUA na América do Sul é mais incômoda do que a presença da Rússia ou mesmo, pasmem!, do Irã, que também se dispôs a trocar informações militares com a Venezuela.
Unasul? Que diabo vem a ser Unasul? O Brasil insistiu nessa bobagem na esperança de que um dia ela venha a substituir a OEA e tenha até mesmo uma papel de, vamos dizer, dissuasão. É mesmo? Com quais valores? Uma das cláusulas para integrar a Unasul — assim como o quase-morto Mercosul, o bloco econômico — é haver democracia no país. A Venezuela é democrática? Segundo Lula, “até demais”. E o Equador? E a Bolívia? O que foi que a Unasul disse, até agora, sobre as armas da Venezuela encontradas em poder das Farc? Amorim chamou o fato de “notícia de jornal”, usando a expressão como sinônimo de boato.
A Colômbia integrou essa estrovenga porque, evidentemente, foi meio constrangida a tanto. Mas sabe que, a levar a sério essa turma, convidará as Farc para dividir com ele o poder. Lula já sugeriu que os terroristas optem pela política. Sim, ele acredita que é possível às Farc manter a sua identidade, mas disputando eleições. Ou melhor: ele faz de conta que acredita.
Tomara que a Colômbia continue a dar uma solene banana para esses bananas — os nossos bananas e os dos outros. Bogotá certamente dará explicações formais etc e tal… Mas tem de manter o acordo, que é celebrado com a área de Defesa dos EUA, não com aquela turba de marqueteiros que cerca o “cervejista” Barack Hussein.