Para militares, referendo na Bolívia é ilegal
Para Fabiano Maisonnave, na Folha:O Conselho Supremo de Defesa (Cosdena) da Bolívia, integrado pelos comandantes das Forças Armadas e membros do governo, afirmou ontem que o estatuto automômico que o departamento de Santa Cruz pretende aprovar em um referendo amanhã rompe a legalidade e ameaça a segurança do país.“Esses projetos rompem a ordem constitucional e […]
O Conselho Supremo de Defesa (Cosdena) da Bolívia, integrado pelos comandantes das Forças Armadas e membros do governo, afirmou ontem que o estatuto automômico que o departamento de Santa Cruz pretende aprovar em um referendo amanhã rompe a legalidade e ameaça a segurança do país.
“Esses projetos rompem a ordem constitucional e podem gerar, o que é mais grave, algumas conseqüências graves a respeito da unidade do país”, disse o secretário da entidade, general Mario Ayala.
O ministro da Defesa boliviano, Walker San Miguel, disse ontem que as Forças Armadas e a polícia não atenderão à solicitação do governo de Santa Cruz para trabalhar de forma coordenada na segurança do referendo regional, em meio a temores de confrontos entre governistas e oposicionistas.
“As Forças Armadas, de acordo com sua normativa, respondem ao mando do presidente, e não ao do governador”, disse San Miguel. O ministro voltou a afirmar que o referendo autonômico, convocado pelo governador oposicionista de Santa Cruz, Ruben Costas, é ilegal.