Os “playboys” do Capitão Nascimento
Por Talita Figueiredo, no Estadão. Volto depois: A Polícia Civil prendeu ontem oito jovens traficantes de classe média e média alta do Rio, acusados de integrar uma quadrilha que vendia maconha, haxixe, crack, cocaína, ecstasy e LSD. O nono integrante do bando já estava preso por roubo e também foi indiciado por tráfico e associação […]
A Polícia Civil prendeu ontem oito jovens traficantes de classe média e média alta do Rio, acusados de integrar uma quadrilha que vendia maconha, haxixe, crack, cocaína, ecstasy e LSD. O nono integrante do bando já estava preso por roubo e também foi indiciado por tráfico e associação para o tráfico. Eles foram denunciados pelo Ministério Público. O grupo vendia drogas para amigos de escola e universidade e nas ruas, além de fornecê-las para festas e raves. O material era comprado nos Morros Dona Marta, em Botafogo (zona sul), e Jacarezinho (zona norte). A Operação Octógono – alusão a um ringue de Vale Tudo – teve a participação de 50 policiais da Delegacia Contra as Drogas (Dcod). A polícia investiga também a confecção de carteiras de identidade falsas pela quadrilha. Há duas semanas, um jovem de 17 anos morreu com sintomas de overdose numa rave, onde entrou com carteira falsa. A maior parte dos presos mora em endereços caros da zona sul, como as Ruas Fonte da Saudade, na Lagoa, e Cupertino Durão, no Leblon. Um deles, Pedro Paulo Farias David, de 23 anos, foi preso dentro da sala de aula do curso de Administração da Faculdade Estácio, no Centro. Apenas o taxista Renato Magdalena, de 31 anos, que servia aos traficantes, foi detido no subúrbio, na Penha.(…)O universitário Bruno Pompeu D’ Urso, de 18 anos, fazia a compra das drogas. Também universitário, Rodrigo de Luca, de 19 anos, era seu sócio. Ainda integram o grupo Jessica de Albuquerque e Corrêa, de 18; Fábio Luiz da Silva, de 26; Mycon Scoralick, de 20; e Rafael Luiz Passos, de 19. Thiago Castilho Gama, de 24 anos, morador de Copacabana, já estava preso por roubo.Assinante lê mais aqui
Voltei
O filme imita a vida, ou a vida imita o filme? Que fique claro: os valentes presos ontem não são rebeldes juvenis, que decidem experimentar, como dizem, um “baseado”. Não! São jovens bandidos mesmo, organizados para praticar o crime. Como se vê, não é só favela, claro, que fabrica marginais. Também o Leblon, Copacabana… Não importa a geografia, ela cresce com a impunidade. Quando “uzartista” do Rio resolvem fazer um abaixo-assinado acusando a Polícia de Sérgio Cabral de perseguir pobres, acho que não era bem isso o que tinham em mente como resposta, não é? A intenção talvez fosse um relaxamento geral. Já imaginaram se a polícia agora também começar a prender mauricinho traficante? Será preciso fazer uma nova denúncia à ONU…