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Reinaldo Azevedo

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Os números da FGV sobre religião e as explicações tortas

Prometo voltar ao tema nesta quarta-feira. Por enquanto, fiquem com trecho da reportagem do Estadão sobre uma pesquisa da FGV, conduzida pelo economista Marcelo Neri, sobre religião. Vocês verão que, com base em dados de 2009, conclui-se que os católicos no Brasil estão abaixo dos 70%. Até aí, bem. Não vou discutir os números porque […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h00 - Publicado em 24 ago 2011, 06h51

Prometo voltar ao tema nesta quarta-feira. Por enquanto, fiquem com trecho da reportagem do Estadão sobre uma pesquisa da FGV, conduzida pelo economista Marcelo Neri, sobre religião. Vocês verão que, com base em dados de 2009, conclui-se que os católicos no Brasil estão abaixo dos 70%. Até aí, bem. Não vou discutir os números porque desconheço a metodologia e detalhes do levantamento. Talvez seja isso mesmo. Uma coisa, no entanto, é certa: se Neri realmente disse o que está na reportagem – e acredito que tenha dito -, o problema do trabalho não está nos números, mas na leitura que se fez deles. Eu diria que ele precisa conhecer melhor o assunto. Mas fica para mais tarde.

Por Luciana Nunes Leal, no Estadão:
Na semana em que o Rio foi confirmado como sede da próxima Jornada Mundial da Juventude – encontro que terá a presença do papa Bento XVI, em julho de 2013 -, o Novo Mapa das Religiões da Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa que a proporção de católicos em 2009 foi a menor registrada em quase 140 anos de pesquisas estatísticas no País. Embora continue maioria, a população católica chegou a 68,43% do total de brasileiros, o equivalente a 130 milhões de pessoas. Pela primeira vez a proporção foi menor de 70%.

A pesquisa também apontou estagnação da proporção de evangélicos pentecostais (de igrejas como Assembléia de Deus e Universal do Reino de Deus), que teve grande crescimento nos anos 1990, e aumento do evangélicos tradicionais (batistas, presbiterianos, luteranos, etc). Cresceram também os que se dizem sem religião.

Coordenador do trabalho, o economista Marcelo Neri comparou dados de censos de 1872 a 2000 e atualizou com informações das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs), do IBGE, de 2003 e de 2009. Nos seis anos entre as duas POFs, a proporção de católicos caiu 7,3%, passando de 73,79% a 68,43%. A queda mais acentuada aconteceu entre os jovens de 10 a 19 anos, principal alvo do encontro de 2013 no Rio. A proporção de jovens católicos caiu 9%, de 74,13% a 67,48%.

Neri associa os avanços econômicos na última década ao aumento de 38,5% dos evangélicos tradicionais (de 5,39% a 7,47%), enquanto os pentecostais tiveram crescimento ínfimo, de 12,49% em 2003 a 12,76% em 2009. “Os pentecostais têm um tipo de doutrina que se adapta bem a épocas de crise, de desemprego, de violência”, define Neri. “A nova classe média se aproxima do conservadorismo e de um espírito capitalista mais parecido com o protestante, com o evangélico tradicional, que com o católico, com valorização do trabalho, da educação, da acumulação de capital”, diz.

Embora mais religiosas que os homens, as mulheres são menos católicas há algumas décadas. Há maior proporção do sexo feminino nas religiões evangélicas e espiritualistas. “Questões centrais para as mulheres, como contracepção, divórcio e aborto são tabus para a Igreja Católica, que tampouco incentivou sua conquista profissional”, diz o estudo. Aqui

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