OS 400 DA PAULISTA E OS 14 DA CASA DA NOCA
Acima, duas fotos do lançamento de Máximas de Um País Mínimo, a primeira, um ângulo da platéia do Teatro Eva Herz, felizmente lotado — e, infelizmente, incapaz de abrigar todas as pessoas que chegaram à Livraria Cultura, no sábado, entre 11h e 12h. A outra é uma foto que um leitor fez deste escriba. Um […]

Acima, duas fotos do lançamento de Máximas de Um País Mínimo, a primeira, um ângulo da platéia do Teatro Eva Herz, felizmente lotado — e, infelizmente, incapaz de abrigar todas as pessoas que chegaram à Livraria Cultura, no sábado, entre 11h e 12h. A outra é uma foto que um leitor fez deste escriba.
Um blog integra o que se chama “jornalismo virtual”, mas os leitores não são virtuais: ao contrário, são absolutamente reais. Quando existem, como vocês existem, aparecem em número expressivo. E os que já foram aos lançamentos que fiz sabem como são as coisas: eles, que são vocês, estão lá; gente de todas as idades — como se pode verificar na primeira foto, que serve de amostra —, que atua nas mais diversas áreas, mas todos interessados em lutar para manter o país no rumo democrático.
Entre 11h e 16h, umas 400 pessoas passaram por lá! Aí o petralha diz: “Ah, 197.999.600 brasileiros não compareceram…” É, é um jeito de ver o mundo. Por esse critério, prova-se que até Paulo Coelho é um mau vendedor de livros, não é mesmo?
Os que conseguem reunir no máximo umas 14 pessoas, 24 quem sabe se contar a família, são aqueles que inventam os leitores que afirmam ter. Costumo dizer que, no caso deste blog, acontece o contrário: EU NÃO INVENTO LEITORES; DE CERTO MODO, VOCÊS É QUE ME INVENTARAM E ME REINVENTAM TODOS OS DIAS.
Vocês reinventam este escriba a cada vez que sugerem uma pauta, que enviam um comentário, que me estimulam ou me convocam a escrever sobre um determinado assunto, que discordam de um ponto de vista expresso aqui, que vasculham sites mundo afora em busca da informação adicional que vai formando a teia crítica do blog, que hoje se espalha pelo Brasil inteiro: sem truques, sem vigarices, sem cafonices. Até os petralhas, reconheço, têm seu papel nesta nossa ecologia — como na vida, há um espaço para eles na cadeia alimentar. Mas têm de ficar no seu devido lugar.
Neste ano, não haverá tempo para novos lançamentos. Mas eles serão retomados no ano que vem, e vamos nos encontrar, de novo, em várias outras cidades do país. Sempre mais do que 14, hehe… E, em vez daquela coisa triste, acanhada, decadente, tem-se a costumeira alegria.
No Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, a Livraria Cultura se divide em várias lojas, algumas especializadas em determinados temas. Máximas de Um País Mínimo está à venda, claro, na principal e também naquela que só reúne livros da Editora Record, onde deixei alguns livros autografados.
Mais do que 14…
E as coisas continuarão assim: eu não invento leitores; os leitores me inventam.