Obama: qual é a mesmo a “mudança”?
Será que Barack Obama vai ser presidente dos EUA? Não sei. Caso isso aconteça, nunca a platitude terá ido tão longe, nunca o óbvio terá sido tão sublime, disfarçado de renovação. Nesta quarta, ele falou ao Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel. Aliás, Hillary Clinton, a pré-candidata democrata derrotada, também. E o que Obama […]
– Jerusalém é a capital indivisível de Israel;
– é preciso ter um estado palestino;
– o Irã não pode e não vai ter a bomba nuclear
Entre aspas: “O perigo que vem do Irã é grave, é real, e meu objetivo é eliminar essa ameaça. Farei tudo que puder para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear – tudo”. O “tudo” foi dito com ênfase, entendem? Lembrei-me de uma frase, com a qual não concordo, mas que assume um conteúdo especial: “Os covardes invadem Bagdá; os corajosos invadem Teerã”.
Mais aspas: “Qualquer acordo com o povo palestino deve preservar a identidade israelense como um Estado judeu, com segurança e fronteiras reconhecidas e armadas. Jerusalém continuará como a capital de Israel, e deve permanecer indivisível. Eu nunca farei concessões no que diz respeito à segurança israelense. Não quando ainda há vozes que negam o Holocausto, não enquanto terroristas seguem comprometidos com a destruição de Israel, não enquanto até livros didáticos no Oriente Médio negam que Israel sequer exista”. Isso quer dizer, então, que ele não vai dialogar com o Hamas, a não ser que o grupo renuncie ao terrorismo.
Muito bem. Eu concordo inteiramente com Obama, e Obama concorda inteiramente, então, com a política republicana, certo? Mas, então, qual seria a “marca” distintiva de sua política? Ah, ele disse que só tomaria uma medida de força depois de esgotadas as negociações. Não me digam. É o que Bush considera ter feito em relação ao Iraque.
Se bem entendi, parece que, para Obama, a diferença entre a guerra alheia e a sua está no fato de que ele faria o mesmo que Bush, só que com mais dor no coração… Então tá.
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