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Obama e o Iraque: é dura a vida real… O prazo da promessa já dançou; vamos ver agora o conteúdo…

Por Peter Baker e Alissa J. Rubin, do New York Times, no Estadão On Line:Enquanto o presidente Barack Obama trabalha para redefinir a missão americana no Iraque, ele enfrenta uma escolha difícil: abandonar uma promessa de campanha ou arriscar um rompimento com os militares. Desde que assumiu o cargo, na semana passada, Obama voltou a […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 18h15 - Publicado em 29 jan 2009, 22h31
Por Peter Baker e Alissa J. Rubin, do New York Times, no Estadão On Line:
Enquanto o presidente Barack Obama trabalha para redefinir a missão americana no Iraque, ele enfrenta uma escolha difícil: abandonar uma promessa de campanha ou arriscar um rompimento com os militares. Desde que assumiu o cargo, na semana passada, Obama voltou a se comprometer com o fim da guerra no Iraque, mas não com seu apelo de campanha específico pela retirada de uma brigada de combate por mês pelos próximos 16 meses de seu mandato. Seu alto comandante no país propôs um lento início na retirada, alertando para os perigos da saída dos soldados rapidamente.
Na quarta-feira, 28, Obama visitou o Pentágono pela primeira vez desde que se tornou presidente, e procurou procurado por uma opção para cumprir sua promessa de campanha, pelo menos na teoria, sem perder o apoio dos generais. A Casa Branca indicou que Obama está aberto à alternativas para seu plano de retirada de 16 meses e enfatizou que a segurança é um fator importante para sua decisão.
“Não estamos mais envolvidos em um debate sobre se será feita, mas como e quando”, afirmou Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, sobre a retirada do Iraque. “Esse é um processo que o presidente quer conduzir com seriedade”. Gibbs acrescentou: “Ele quer garantir a segurança de nossas tropas assim como retirar do país as brigadas; Obama quer, como eu já disse várias vezes, transferir a responsabilidade e a oportunidade dos iraquianos fazerem mais por seu próprio país; e fazer por um meio que busque o conselho de todos os líderes”.
Entre os consultados pelo presidente está o general Ray Odierno, o chefe das forças americanas e aliadas no Iraque que desenvolveu o plano para uma retirada mais lenta do que a defendida por Obama na campanha, propondo a saída de duas brigadas nos próximos seis meses. Em entrevista no Iraque nesta quarta-feira, Odierno sugeriu que pode levar o resto do ano para determinar se as forças americanas poderão ser reduzidas drasticamente.
“Acredito que se nós entrarmos no próximo ano pacificamente, com os mesmos incidentes que temos hoje ou melhores, acredito que estaremos nos aproximando de uma estabilidade permanente, o que nos permitirá uma grande retirada”, afirmou Odierno, enquanto inspecionava um dos centros de votação antecipada no sul de Bagdá para as eleições deste sábado.
Odierno disse que o período entre as eleições deste fim de semana e as eleições nacionais que acontecem aproximadamente daqui a um ano será crítico para determinar o futuro do Iraque. Apesar da possibilidade de forças americanas serem retiradas antes desse prazo, o general sugeriu que o grande volume de qualquer retirada deve sair do país depois desse período. “Vamos reduzir as tropas neste ano”, afirmou o militar. “É o período certo para diminuir o número de soldados. Acredito que os iraquianos estão fazendo progressos. Chegou a hora de recuarmos em algumas áreas e dar a eles mais controle”. “O que queremos fazer é transferir gradualmente nossa missão, que é focada na contrainsurgência, para algo mais focado nas operações de estabilidade.
Depois de um encontro na Casa Branca na semana passada, com a participação via satélite de Odierno, Obama foi ao Pentágono nesta quarta-feira para encontrar os chefes do Estado-Maior das Forças Armadas. A discussão girou em torno do Iraque e do Afeganistão, abrangendo a variedade de desafios enfrentados pelos militares nos dois campos de batalha. “Foi uma conversa muito elevada sobre a situação mundial, as ameaças que enfrentamos e os riscos que existem mundo afora”,, afirmou Geoff Morrell, porta-voz do Departamento da Defesa.
Falando aos repórteres após o encontro, Obama manifestou preocupação com a “grande pressão sobre o Exército em cumprir uma série de missões” e prometeu avançar em “todos os aspectos do poder americano para garantir que eles não carreguem um fardo tão grande”. Ele indicou que ainda não decidiu sua abordagem para o Iraque. “Teremos algumas decisões difíceis a tomar o mais imediatamente possível envolvendo o Iraque e o Afeganistão”, afirmou.
J. D. Crouch II, que foi vice-consultor de segurança nacional de George W. Bush e principal arquiteto da estratégia de aumento de tropas, afirmou que Obama e sua equipe seriam mais sábios se prestassem atenção nos militares. “Eles não querem que o Iraque não dê certo porque têm muitas outras coisas importantes para fazer”. “Eles não querem alienar os soldados. E há algo para ser dito: o cara que conseguiu colocar as coisas sob controle aqui, Ray Odierno, provavelmente tem uma boa ideia do que precisa”.
Ainda assim, Obama enfrenta pressões de sua base política para aderir ao plano de retirada em 16 meses proposto. “Votamos nele porque ele iria nos tirar do Iraque”, afirmou Medea Benjamin, cofundadora do grupo contra a guerra Code Pink (Código Rosa, em tradução livre). “Se há alguns militares que sentem que devemos permanecer lá, eles estão designados por suas opiniões, mas essa não deveria ser a nossa política”.
Eli Pariser, diretor executivo da MoveOn.org, outra organização contra a guerra, afirmou não ter “razões para pensar que Obama voltou atrás de sua promessa de campanha sobre determinar um prazo para o fim da guerra”.

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