O VÍDEO PROIBIDO

Ah, não! A canalha não busque o conforto de considerá-los, afinal de contas, em “guerra” — chamam seus atos terroristas de “guerra” — contra Israel. São palestinos matando palestinos. Aqueles que estão sendo assassinados pertencem à Fatah, a corrente que governa a Cisjordânia e à qual pertencia Yasser Arafat.

Por que posto isso? Para justificar Guantánamo — que, ademais, abriga terroristas de outras plagas? NÃO!!! Eu o faço para evidenciar que a lógica do terror assombra boa parte do que sabemos sobre a estupidez humana. Só encontra correlato, do ponto de vista do lixo moral, na facilidade, sem-cerimônia e amoralidade com que o nazismo e o comunismo matavam. Infelizmente, só o nazismo entrou para a categoria de mal absoluto. Os cadáveres do comunismo continuam a procriar, ainda que de forma velada.

Qual é a chance de este vídeo ganhar o mundo como ganharam as fotos que revelaram os absurdos de Abu Graib? Zero. Sempre notando que os responsáveis por Abu Graib foram punidos. Será só porque os EUA são uma potência? Não! É que a justificativa supostamente moral do terrorismo contaminou o mainstream. Quando menos, esses caras são vistos como seres primitivos, que um dia poderão descobrir a luz dos nossos valores.

Não. Eles não podem. Eles não vão. E não vão porque não querem. Por mais que nós possamos exaltar e demonstrar as virtudes de nosso sistema. Então Guantánamo neles? Abu Graib neles? Não! Mas é preciso pensar um modo de puni-los, como Nuremberg puniu os nazistas, por exemplo. Ou alguém acha que aqueles julgamentos foram indignos da nossa espécie? Os comunistas, infelizmente, escaparam de algo semelhante.

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Ou alguém dirá que o que se vê aí é “só uma pendenga entre palestinos, eles que se virem, já que democracia e direitos humanos não se exportam, como querem os canalhas neoconservadores?”