O retorno da múmia
O governo ressuscita a Telebrás, a estatal morta e enterrada há mais de uma década, para, às vésperas da eleição, acenar com banda larga mais barata Por Renata Betti, na VEJA: Andre Dusek/AE CONEXÃO Erenice Guerra e Paulo Bernardo: incentivos de 13 bilhões de reais Na última quarta-feira, o governo confirmou as especulações e anunciou […]
O governo ressuscita a Telebrás, a estatal morta e enterrada há mais de uma década, para, às vésperas da eleição, acenar com banda larga mais barata
Por Renata Betti, na VEJA:
Andre Dusek/AE![]() |
CONEXÃO Erenice Guerra e Paulo Bernardo: incentivos de 13 bilhões de reais |
Na última quarta-feira, o governo confirmou as especulações e anunciou o ressurgimento da Telebrás. A estatal, que monopolizava a telefonia no país até a privatização de 1998, ressuscitará agora para ser a gestora do Plano Nacional de Banda Larga. O projeto, sob o comando da ministra Erenice Guerra (a substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil) e seu colega Paulo Bernardo (Planejamento), tem a meta de elevar de 12 milhões para 40 milhões, até 2014, o total de domicílios brasileiros com acesso à internet rápida. Para atingir esse objetivo, deverão ser gastos 13 bilhões de reais, somando investimentos públicos e subsídios. A Telebrás vai operar a rede de fibra óptica das estatais, entre elas a Eletronet e a Petrobras. Com essas linhas, o governo pretende ampliar a oferta de serviços de internet e assim reduzir o preço das assinaturas. O governo poderia ter feito uma concessão ao setor privado e assim alcançar os mesmos objetivos. Optou, no entanto, por retirar da tumba uma estatal tornada símbolo da ineficiência pública e que o país julgava morta e enterrada. Aqui