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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

O PSDB e o DEM deixam de discutir uma idéia estúpida e passam a discutir outra…

Algumas idéias são estúpidas pela própria natureza — bem, leitor amigo, não é que elas sejam estúpidas só porque eu não gosto delas; é que seriam contraproducentes segundo os propósitos anunciados. É o caso da fusão PSDB-DEM, por exemplo. Vamos pensar: se esses partidos conseguirem produzir um consenso sobre determinados temas, terão o número de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h07 - Publicado em 1 Maio 2011, 07h39

Algumas idéias são estúpidas pela própria natureza — bem, leitor amigo, não é que elas sejam estúpidas só porque eu não gosto delas; é que seriam contraproducentes segundo os propósitos anunciados. É o caso da fusão PSDB-DEM, por exemplo. Vamos pensar: se esses partidos conseguirem produzir um consenso sobre determinados temas, terão o número de parlamentares que resultar da soma das bancadas, certo? Caso se fundissem e não perdessem parlamentares no processo, o número seria o mesmo. Fundir pra quê?

Um dos problemas do tucanato é excesso de cacique. Aí alguém teve uma idéia numinosa (com “n” mesmo…): “Por que não trazer mais caciques?” E com certo agravante: no caso do atual DEM, sobram caciques, e faltam eleitores. Em alguns estados, a convivência seria simplesmente impossível. Resultado: como já adverti aqui, deputados e senadores mudariam de partido alegando descaracterização da legenda pela qual se elegeram. Trata-se de uma bobagem.

Ontem, alguns tucanos e alguns democratas resolveram ter mais uma idéia luminosa (esta com “l”): tornar compulsória a aliança entre os dois partidos. Huuummm… Muito bom! Só se torna formalmente compulsório o que correria o risco de não acontecer naturalmente. O folguedo consistiria no seguinte: onde o DEM for mais viável, o PSDB apóia e vice-versa. Mas e se as legendas, localmente, não se entenderem? Bem, aí suponho que será preciso haver uma intervenção, o que, de novo, abre uma porta para que os descontentes ou prejudicados mudem de legenda alegando que estão sendo obrigados a fazer algo contrário à sua consciência.

A aliança compulsória fabricaria o consenso… compulsório! Como um consenso existe ou não existe, a coisa mais fácil do mundo é eventualmente engolir a imposição e simplesmente não fazer campanha —  ou cristianizar o candidato imposto. Discussões como essa explicam, entre muitos outros fatores, a penúria das oposições.

Convenham: com sacadas geniais como essas, Gilberto Kassab e outras lideranças empenhadas em criar o PSD — ou que nome tenha — nem precisam fazer muito esforço. Bastaria ficar parado, no meio do campo, com a mão na cintura. A coisa parece funcionar mais ou menos assim: “Nós nos reservamos o direito de fazer todas as tolices e depois buscamos os culpados de sempre”.

Os deuses primeiro tiram o juízo daqueles a quem querem destruir. O juízo do DEM já foi faz tempo. O PSDB agora desocobriu o rumo do abismo e segue adiante tocando lira. Chegando à beira, vamos ver se, corajosamente, dará mais um passo…

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