O Pokemon chinês e Elio Gaspari
Viram Márcio Pochmann ontem no Jornal Nacional? Não! Procurem no site. Ele concede uma entrevista em que usa um paletó sobre uma camisa com gola chinesa. Muito apropriada. Há um quê nele de burocrata a serviço de Mao Tse-Tung. *Ainda sobre Pochmann. Ele já deu muitas idéias a Eremildo, o Idiota, como já informei aqui. […]
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Ainda sobre Pochmann. Ele já deu muitas idéias a Eremildo, o Idiota, como já informei aqui. Daí que Elio Gaspari, na sua coluna de hoje, tenha decidido pegar leve com o rapaz. Para variar, mais uma vez, quem apanhou foi Fábio Giambiagi, justamente o que foi defenestrado pelo rapaz da gola chinesa. Leia a nota de Gaspari que trata do caso. Volto depois:
O COMISSARIADO VAI MAL NO IPEA
Voltei
Como se vê, não é por falta de cultura soviética que Gaspari acaba fazendo o jogo dos soviéticos — ou dos chineses — do PT. O que quero dizer com isso? Observem que o colunista colabora com a demonização de Giambiagi ao lhe atribuir propostas de reforma da Previdência “todas lesivas ao andar de baixo”, razão por que “estava marcado para morrer” e tinha entrado na “lista dos diabinhos do Planalto”. Donde se conclui, obviamente, que este é um governo essencialmente preocupado com o andar de baixo e “mata” todos aqueles que não partilham de sua mesma preocupação com os pobres.
Gaspari também vê problemas no Ipea. Mas só os de etiqueta. Se o Pokemon chinês tivesse chamado os demitidos em sua sala e dado um tapinha nas costas, entende-se, o colunista não veria mal nenhum. Não é tolerância política que falta ao Ipea dos companheiros. Um livro da elegantíssima Glorinha Kalil já resolveria. Aliás, vou lhe sugerir um próximo volume: “Faça patrulha ideológica, mas com classe”. O prefácio pode ser escrito por Elio Gaspari.
Não fica muito claro por que ele resolveu ilustrar a nota com o exemplo de Stálin. Talvez esteja sugerindo que é melhor demitir do que matar. O que não deixa de ser uma nota de generosidade com os inimigos do Pokemon chinês.