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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

O MUNDO DOS D’ESCOTOS

Gente que deplora o que chama de “golpe” em Honduras, mas que considera Hugo Chávez um democrata; que acha um absurdo (e eu também acho) que se corte temporariamente o sinal de TV de um país, mas que considera legítimo que uma emissora privada seja confiscada na Venezuela; “defensores da liberdade” dessa qualidade, enfim, escrevem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h21 - Publicado em 30 jun 2009, 20h31

Gente que deplora o que chama de “golpe” em Honduras, mas que considera Hugo Chávez um democrata; que acha um absurdo (e eu também acho) que se corte temporariamente o sinal de TV de um país, mas que considera legítimo que uma emissora privada seja confiscada na Venezuela; “defensores da liberdade” dessa qualidade, enfim, escrevem para cá: “Você viu? A Assembléia Geral da ONU condenou por unanimidade o golpe, e você vai dizer o quê?” Eu?

O mesmo que vinha dizendo. O mesmo que escrevi com base na Constituição democrática de Honduras. O mesmo que afirmei ao analisar os atos de Manuel Zelaya quando na Presidência: ele é um golpista. Ele, sim, tentou dar golpe nas instituições. Contrariou frontalmente o artigo 239 da Carta de seu país; jogou outros no lixo quando ignorou a corte suprema; enfiou as patas traseiras pelas dianteiras quando de uma ordem ao Exército contra a decisão da Justiça. Ele é golpista.

Se a Assembléia Geral da ONU, sob o comando de um vigarista ideológico e teológico (ele era padre…) como o nicaragüense Miguel D’Escoto não reconhece essa condição, o que tenho com isso? Desde quando a ONU é meu farol? Acho até que já pedi o fechamento desta mega-ONG aqui. Quem gostava da ONU era o filho de Kofi Annan. A ongona fez a fama do pai e a fortuna do filho… Preciso desenhar?

Agora é que fico ainda mais à vontade para denunciar a impostura. Está claro que estamos sob, digamos, a influência de uma metafísica que considera ilegítimos os “golpes militares”, como dizem por lá, mas que se cala diante de golpes civis. Corroer a democracia por dentro; solapá-la com base em consultas populares; “ouvir o povo”, com disse Lula, como mero pretexto para impor ilegalidades, bem,  tudo isso está valendo.

QUE A DECISÃO LÁ TOMADA SIRVA DE ADVERTÊNCIA AOS NATIVOS! Sim, aos brasileiros. Saibam: por aqui também, então, um maluco qualquer, se eleito, pode fazer o que bem entender desde que submeta suas maluquices à “consulta popular”. Desde que “0uça o povo”. Aquele equilíbrio entre legal e legítimo, base da civilização democrática, desaparece, e se fica, então, com a voz das ruas. Se o mandatário decidir dar um pé no traseiro da Justiça, como fez Zelaya, o mundo se cala porque isso é “problema interno”. Se ele for deposto segundo a lei — e foi o que aconteceu em Honduras —, bem, aí, então, há essa comoção e exigência para que volte ao poder. OS DITADORES DO MUNDO VIVEM O SEU DIA DE GLÓRIA.

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As fraquezas do governo Obama começam a aparecer. Ponham aí na ponta do lápis o número de ditadores no mundo e enumerem as ameaças à ordem democrática. Ao fim de seu primeiro mandato (sim, ele deve ser reeleito, salvo um desastre protagonizado por terroristas, o que rezo para não acontecer), vamos refazer a contagem. E também analisar se o mundo estará mais seguro. E façamos o mesmo depois de oito anos.

O pilantra hondurenho vai agora para a OEA, cujo secretário-geral é o esquerdista bocó José Miguel Insulza. Ele não viu nada demais em Zelaya afrontar a Constituição, a Justiça, o Congresso e dar uma ordem ilegal ao Exército. Mas chama a aplicação da Constituição de golpe. É o mesmo sujeito que elogiou o referendo de Chávez, que lhe concedeu o “direito” à reeleição ilimitada — numa campanha em que a oposição foi praticamente impedida de sair às ruas.

Quando o demônio agora aposentado Jorjibúxi estava no poder, Chávez se tornava mais notável por ser um ditadorzinho caricato — embora tenha espalhado a sua influência muito além da Venezuela. E, pois, foi um erro permitir que prosperasse..  Agora que temos na Casa Branca o Sassá Mutema formado em Harvard, Chávez passou a ser uma liderança continental.

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É isso aí. A influência americana está em declínio no continente, para felicidade de muitos. Finalmente temos um presidente dos EUA que presta atenção ao paradigma democrático proposto por iluministas como Daniel Ortega e Hugo Chávez, um poder feito de excesso de orelhas e beiços. O Brasil ainda acaba fornecedo o cérebro a esse monstrengo…

ONU?
Aqui??
No meu blog???
Numa assembléia sob o comando do sandinista Miguel D’Escoto????
Aqui, ele não passa do risco de um trocadilho abaixo da cintura moral!!!!

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