O miserável promovido a pobre
Há um bate-papo na Folha deste domingo entre os economistas Sonia Rocha e Marcelo Neri sobre Sua Majestade o Miserável e Sua Excelência o Pobre. Os dois são, como direi?, “pobrólogos”, “miserólogos”, uma especialidade realmente em alta no Brasil. Desde logo, uma coisa salta à vista: como o governo não estabelece qual é seu critério […]
Sérgio Torres fez uma reportagem com uma família que tem renda per capita de R$ 125 por mês. Para a Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, ela não é miserável, mas pobre. E assim vive um pobre “não-miserável”:
“(…)As crianças não têm o que calçar, vestem-se todos os dias com as mesmas roupas, comem carne, quando muito, uma vez por semana, dormem no chão sem piso de um casebre sem banheiro e brincam em um riacho de esgoto. Mesmo assim, não são miseráveis, segundo metodologia da FGV.”