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Reinaldo Azevedo

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O mico da mamona de Lula 2 – Agricultor ganha R$ 164 por mês e faz bico para sobreviver

Por Ribamar Oliveira e Wilson Pedrosa, no Estadão:A queda dos rendimentos dos agricultores do projeto Santa Clara está afetando o comércio da região. “Já estou tendo prejuízo, pois as pessoas ficam sem pagar suas contas”, reclama Teodoro Alves Bezerra, proprietário do Mercadão Bezerra. A loja fica na pequena cidade de Eliseu Martins, a menos de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 00h28 - Publicado em 3 ago 2008, 08h53
Por Ribamar Oliveira e Wilson Pedrosa, no Estadão:
A queda dos rendimentos dos agricultores do projeto Santa Clara está afetando o comércio da região. “Já estou tendo prejuízo, pois as pessoas ficam sem pagar suas contas”, reclama Teodoro Alves Bezerra, proprietário do Mercadão Bezerra. A loja fica na pequena cidade de Eliseu Martins, a menos de 20 quilômetros do empreendimento. O comerciante explica que os agricultores recebem R$ 164 por mês da empresa Brasil Ecodiesel, mas a maioria paga prestações que fizeram para comprar móveis e outros utensílios domésticos. “No fim, eles ficam com pouco dinheiro.”
Plantar mamona era uma atividade que não existia em Canto do Buriti ou em Eliseu Martins, antes do projeto Santa Clara. “Nessa região nunca se falou em plantio de mamona”, informa Teodoro Bezerra. “As culturas daqui sempre foram de milho, feijão e mandioca”, reconhece. Ele não vê futuro para a mamona.
“Os próprios agricultores de Santa Clara não acham que é bom negócio plantar mamona. Eles só plantam porque está no contrato”, revela o comerciante, ao se referir ao acordo entre a empresa Brasil Ecodiesel e os seus “parceiros”.
A prefeita de Eliseu Martins, Terezinha Dantas (PSDB), lembra que, no início do projeto Santa Clara, muita gente se beneficiou. Mas agora, segundo ela, a realidade mudou. “A cada dia, a miséria está fluindo”, diz. “É um estado de calamidade, pois eles recebem R$ 164 por mês. Esse dinheiro dá para o quê?”, questiona. Ela diz que a prefeitura também está ajudando os agricultores. “Às vezes, damos medicamentos para o posto de saúde de lá”, informa.
Para complementar a renda, alguns agricultores se transformam em “tapadores de buracos” na rodovia que liga Canto do Buriti a Eliseu Martins. A rodovia estadual corta o projeto Santa Clara e alguns de seus trechos estão intransitáveis. Quando a reportagem do Estado passou pelo local, os “agricultores” Raimundinho e Ana Rita estavam em plena atividade. Ele retirava terra na margem da estrada e ela, grávida, tapava os buracos, usando uma pá. Antes de cada carro passar, ela jogava um pouco de terra nos buracos, na esperança de ganhar alguns trocados dos motoristas.
“A gente fica aqui enquanto não colhe a mamona”, disse Raimundinho, tentando se justificar. Mesmo com as dificuldades atuais do projeto Santa Clara, onde a colheita de mamona é cada vez menor, os dois “parceiros” da empresa Brasil Ecodiesel não querem abandonar o empreendimento. “De onde eu vim, não davam o dinheirinho que a gente recebe aqui”, explicou o “tapador de buracos”, numa referência aos R$ 164 que recebe da Brasil Ecodiesel.
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