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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

O MEC e “até onde entra a língua” num beijo

O vídeo abaixo reproduz parte da sessão da Comissão de Legislação Participativa da Câmara, ocorrida no dia 23 de novembro de 2010. Apresentou-se ali o material didático sobre homossexualidade que o Ministério da Educação pretendia distribuir nas escolas  — não consegui saber se mudou de idéia. O destaque da sessão, acho eu, é a intervenção […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 16h00 - Publicado em 31 mar 2011, 17h14

O vídeo abaixo reproduz parte da sessão da Comissão de Legislação Participativa da Câmara, ocorrida no dia 23 de novembro de 2010. Apresentou-se ali o material didático sobre homossexualidade que o Ministério da Educação pretendia distribuir nas escolas  — não consegui saber se mudou de idéia. O destaque da sessão, acho eu, é a intervenção de André Lázaro, então secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC. Ao discutir um dos filmes que o MEC preparou para as escolas, ele deixa claro que houve uma certa hesitação da equipe: “Até onde entrava a língua” num beijo lésbico. Essa era a única dúvida, pelo visto. As palavras são dele, como vocês podem ver, não minhas. Lázaro não está mais no Ministério da Educação. Agora ele é secretário executivo de Direitos Humanos da Presidência da República. Na sessão, também foi apresentado o filme em que um adolescente chamado José Ricardo diz ser, na verdade, “Bianca”. O vídeo é bem ruim, mas é bastante ilustrativo. Volto depois dele.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=PTW-1WsaoMs&w=480&h=390]

Voltei
Na platéia, não havia pais, educadores ou coisa parecida. Era composta, basicamente, de correntes, as mais variadas, do movimento gay. Os gays têm todo o direito de reivindicar direitos, proteção, o que seja. Na democracia, todos são livres para se organizar. Mas não lhes cabe dizer como os nossos filhos devem ser educados, eis o ponto. Não só isso: NÃO CABE AO ESTADO FAZER ESSA ESCOLHA EM LUGAR DAS FAMÍLIAS.

Que a escola deva defender valores como tolerância, convivência com a diferença, respeito ao outro, disso tudo não tenho a menor dúvida. Mas tomar o lugar dos pais, da família, em matéria que diz respeito a valore morais? Aí não dá! É simplesmente espantoso que uma autoridade do MEC se dê ao desfrute de, numa comissão da Câmara, afirmar que a equipe só divergiu quanto à profundidade do beijo de língua entre duas meninas. É um troço acintoso. “Oh, que moralismo! Oh, que carola!”

Ainda que fosse isso, o estado, como elemento neutro, tem de assumir que lida com valores diversos e que não lhe cabe abrir mão dessa neutralidade. Mas meu ponto é outro. Será mesmo esse o papel da escola? Os professores são incapazes de debater conceitualmente um assunto? É preciso mostrar o beijo lésbico para que se possa falar em tolerância? É preciso exibir um garoto cantando outro no banheiro para que se possa tratar do assunto? Daqui a pouco alguém advoga que não se poderá falar de educação sexual sem exibir o ato em sala de aula. Tenham paciência!

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O Brasil tem uma das piores escolas do mundo! Se formos estabelecer uma relação entre o tamanho da economia e a qualidade do ensino, certamente é aquele que exibe a pior relação. Nessa toada, entraremos, em breve, num processo de involução. A educação, na média, é um lixo. Em contrapartida — como se contrapartida fosse —, devemos ter um dos ensinos mais ideologizados do planeta. Há alguma coisa muito errada no país que tem, então, o pior ensino “progressista” do mundo, não é mesmo?

Não adianta me satanizar. Eu já disse que não dou bola pra isso. Os gays querem casar? Por mim, tudo bem! Defendo, para escândalo de muitos, sob certas condições que também devem ser exigidas de heterossexuais, que possam adotar crianças. Não acho, à diferença do deputado Bolsonaro, que alguém se torne homossexual em razão da convivência com homossexuais etc.

Mas há escolhas que são das famílias.  Não é só o deputado Bolsonaro que “radicaliza” nessa história. Há os bolsonaros do lado de lá também.

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