Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

O imbróglio Roriz-Constantino: “Se baixar a Polícia Federal aqui, leva todo mundo”

O empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol e dono original daquele cheque de R$ 2,23 milhões sacado pelo Joaquim Roriz (PMDB-DF), vem mantendo um silêncio sepulcral sobre o episódio. Mas os fatos falam por ele e por si. Reportagem de Andréa Michael, Ranier Bragon e Felipe Seligman, na Folha deste sábado, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 09h38 - Publicado em 30 jun 2007, 18h08
O empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol e dono original daquele cheque de R$ 2,23 milhões sacado pelo Joaquim Roriz (PMDB-DF), vem mantendo um silêncio sepulcral sobre o episódio. Mas os fatos falam por ele e por si. Reportagem de Andréa Michael, Ranier Bragon e Felipe Seligman, na Folha deste sábado, ajudam a entender parte do enigma. Vamos ver.

1 – Em março do ano passado, fundos de pensão e estatais do Distrito Federal venderam um terreno de 80 mil metros quadrados para a Aphaville Marketing. Entre as empresas que eram donas do imóvel estava justamente o BRB, o Banco de Brasília.

2 – O dono da Alphaville Marketing é O deputado Wigberto Tartuce, do grupo de Roriz. Foi seu secretário no governo do DF. Tartuce pagou pelo terreno R$ 15,2 milhões.

3 – Projeto aprovado em tramitação fulminante na Câmara Distrital permitiu que se ampliasse a área do terreno destinada à construção: era de 56 mil metros quadrados e passou a ser de 128 mil metros quadrados;

4 – Com a aprovação da lei, Wigberto vendeu o terreno, 10 meses depois, por R$ 45,88 milhões. Isto mesmo: em 10 meses, Tartuce, o gênio dos negócios, conseguiu uma valorização no seu terreno de R$ 30,68 milhões.

Continua após a publicidade

5 – Para quem ele vendeu o terreno?
– Para uma empresa chamada Aldebaram.
Entre os donos da Aldebaram está a empresa Antares. E quem é sócio da Antares?
– Nenê Constantino, o dono daquele cheque.

6 – Tudo parou por aí? Não. O tal terreno, aquele que pertencia a fundos de pensão e estatais — entre os quais o Banco de Brasília — está avaliado hoje em R$ 128 milhões.

7 – Vocês entenderam direito: em um 15 meses, um terreno que pertencia a empresas públicas, vendido por R$ 15,2 milhões, está avaliado em R$ 128 milhões.

Continua após a publicidade

8 – Informa a Folha que quem encaminhou o papelório para transferir oficialmente a posse do terreno de Tartuce para a Aldebaram foi Deodemiro Alves Silva. Fez isso no último dia 22, véspera do dia em que a VEJA e a Época tornaram público aquele diálogo entre Roriz e o ex-presidente do BRB, combinando como distribuir a dinheirama.

9 – Em um diálogo gravado em 9 de março, Deodomiro fala com Nilson Lacerda Wanderlei, um dos investigados da Operação Aquarela. Diz literalmente: “Só tem peso pesado aqui. Se a Polícia Federal baixar aqui agora, leva todo mundo. To eu, o Gim Argelo (ex-deputado distrital e suplente de Roriz) e o Nenê Constantino.

10 – A VEJA que chega hoje às bancas e aos assinantes (leia abaixo) revela o destino do dinheiro referente àquele cheque que estava em nome de Constantino: pagar suborno a juízes eleitorais que livraram Roriz da cassação. Compreende-se, agora, com mais clareza o silêncio do empresário.

Continua após a publicidade
Para ler íntegra da matéria da Folha, clique aqui
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.