O HAMAS FOI ELEITO, MAS É LEGÍTIMO?
Em seu editorial, o Estadão observa (ver acima) que o Hamas venceu “eleições legítimas”. O que isso quer dizer no contexto de suas ações? Pode até ter havido um processo eleitoral sem fraudes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, mas isso legitima as ações terroristas do Hamas contra Israel? Acho que não! Sei que […]
Pode até ter havido um processo eleitoral sem fraudes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, mas isso legitima as ações terroristas do Hamas contra Israel? Acho que não! Sei que o jornal não disse isso, mas também não negou. A lembrança de que as “eleições” foram “legítimas”, sem mais considerações, parece querer dizer que o grupo merece um tratamento especial. Bem… Não merece!
Os palestinos podem votar em quem bem entenderem, inclusive no terrorismo, mas não devem esperar que Israel os aplauda. Especialmente se o grupo eleito se aproveita da situação para, em dois anos, lançar contra o país 2.332 foguetes.
As eleições foram legítimas? E como os “legítimos” se comportaram? Tentaram levar água encanada, esgoto e saúde para a população? Buscaram romper o isolamento internacional? Não! Aproveitaram para traficar mais armas e mais foguetes para destruir o inimigo. E, claro, esperavam contar com a colaboração da vítima. Como? Sim, os que reivindicam o fim do bloqueio a Gaza pretendem que Israel ajude o Hamas a ter melhores condições de atacá-lo.
Eleições legítimas? Terrorismo é ilegítimo pela própria natureza. Disputando eleição, então, é uma aberração. O fato dispensa prova: em Gaza, o Hamas deu um golpe e passou no fio da espada os adversários internos (Fatah). E se impôs pelo terror.
“Ah, mas os palestinos da região gostam deles e votaram neles!” Isso pode até fazê-los “legítimos” aos olhos dos seus. Israel não tem nada com isso. Se os palestinos, que certamente sabem votar, escolhem terroristas que tentarão destruir Israel (como prometem), devem imaginar que o país atacado pode reagir. Pode parecer terrível e até cínico escrever, mas é fato: os palestinos fizeram uma escolha.
NÃO! ELES NÃO ESCOLHERAM OS ATAQUES AÉREOS E TERRESTRES ISRAELENSES. Mas certamente escolheram jogar foguetes em Israel. Devem ser sagazes o suficiente para saber que o país atacado poderia não gostar.
Eleições legítimas? O terrorismo não é legítimo nem quando escolhido pelo “povo”. “Povo” não absolve terroristas nem os torna pessoas dignas. No máximo os terroristas é que tornam o povo indigno.