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Reinaldo Azevedo

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O criacionismo nas escolas brasileiras

Por alguma razão, a petralha está excitada com a matéria abaixo, publicada pelo Estadão. E dizem coisas como: “E aí? O que você tem a dizer?” Leiam a reportagem. Volto em seguida: Escolas adotam criacionismo em aulas de ciênciasPor Simone Iwasso e Giovana Girardi:Polêmicos nos Estados Unidos, onde são defendidos por movimentos religiosos como mais […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h27 - Publicado em 8 dez 2008, 21h02
Por alguma razão, a petralha está excitada com a matéria abaixo, publicada pelo Estadão. E dizem coisas como: “E aí? O que você tem a dizer?” Leiam a reportagem. Volto em seguida:

Escolas adotam criacionismo em aulas de ciênciasPor Simone Iwasso e Giovana Girardi:Polêmicos nos Estados Unidos, onde são defendidos por movimentos religiosos como mais do que explicações baseadas na fé para a criação do mundo, o criacionismo e o design inteligente se espalham pelas escolas confessionais brasileiras – e não apenas no ensino religioso, mas nas aulas de ciências. Escolas tradicionais religiosas como Mackenzie, Colégio Batista e a rede de escolas adventistas do País adotam a atitude de não separar religião e ciência nas aulas, levando aos alunos a explicação cristã sobre a criação do mundo junto com os conceitos da teoria evolucionista. Algumas usam material próprio.Veja também:Outros trabalham com livros didáticos da lista do Ministério da Educação e acrescentam material extra. “Temos dificuldade em ver fé dissociada de ciência, por isso na nossa entidade, que é confessional, tratamos do evolucionismo com os estudantes nas aulas de ciências, mas entendemos que é preciso também espaço para o contraditório, que é o criacionismo”, defende Cleverson Pereira de Almeida, diretor de ensino e desenvolvimento do Mackenzie.O criacionismo e a teoria da evolução de Charles Darwin começam a ser ensinados no colégio entre a 5ª e 8ª séries do fundamental. Na hora de explicar a diversidade de espécies, por exemplo, em vez de dizer que elas são resultados de milhares de anos do processo de seleção natural, se diz que a variedade representa a sabedoria e a riqueza de Deus.No Colégio Batista, em Perdizes (SP), o entendimento é semelhante. “Ensinamos as duas correntes nas aulas e deixamos claro que os cientistas acreditam na evolução, mas para nós o correto é a explicação criacionista. O importante é que não deixamos o aluno alienado da realidade”, afirma Selma Guedes, diretora de capelaria da instituição.A polêmica está no fato de os colégios ensinarem o criacionismo e o design inteligente não como explicações religiosas, mas como correntes científicas que se contrapõem ao evolucionismo. Nos EUA, a polêmica parou na Justiça. Em 2005, tribunais da Pensilvânia decidiram que o design inteligente não era ciência, recolocando Darwin nas escolas. No Brasil, onde o debate não é tão acirrado, esse tipo de ensino tem despertado dúvidas sobre a validade na preparação dos alunos. Os conteúdos de ciências exigidos em concursos e vestibulares são baseados em consensos de entidades científicas, que defendem a teoria da evolução.Já nos cerca de 2 mil colégios católicos, segundo dados da Rede Católica de Educação, não há conflitos entre fé e teoria evolucionista. No material usado por cerca de cem colégios do País, as aulas de ciência trazem a teoria da evolução e explicam o papel de Darwin.

Comento
Qual o problema? Segundo entendi, as escolas estão ensinando as duas coisas: afirmam a verdade científica e dizem qual é o entendimento que, como religiosos, têm da questão. Ou será que as escolas cristãs são obrigadas a negar a sua natureza? Estão querendo criar contradições inelutáveis onde elas não existem. Espero que as minhas filhas sejam informadas sobre essas duas verdades: a científica e a religiosa — sim, existe uma “verdade religiosa”, que está num domínio que não disputa espaço com a ciência. Como elas vão equacionar essas coisas, bem, aí é com elas, com a família, com as múltiplas influências a que estão expostas.

Resta evidente que as escolas não estão fazendo opções radicais, excludentes. Ademais, ainda que estivessem, as famílias têm o direito de escolher que educação querem dar a seus filhos, segundo sua história, sua religião, suas tradições. Ou, agora, vamos proibir as escolas judaicas, por exemplo, de expor a sua visão de mundo aos estudantes? É incrível como o preconceito anticristão vem sempre vazado numa perspectiva supostamente iluminista e de combate ao preconceito, quando, de fato, o que se tem é o contrário.

A teologia vigente nas escolas, religiosas ou não, que precisa ser combatida é outra: a vigarice esquerdopata, o marxismo de fancaria.

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