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Reinaldo Azevedo

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O BRASIL E A BOMBA – DER SPIEGEL AGORA ENTREVISTA “O” IDEÓLOGO

Hans Rühle, especialista em energia nuclear, escreveu um artigo para a revista alemã Der Spiegel levantando a suspeita — na verdade, apontando o que ele considera indícios — de que o governo Lula atua para chegar à bomba nuclear. Segundo ele, potencialmente, o  Brasil está mais perto de consegui-la do que outros países incluídos numa […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h20 - Publicado em 10 Maio 2010, 19h27

Hans Rühle, especialista em energia nuclear, escreveu um artigo para a revista alemã Der Spiegel levantando a suspeita — na verdade, apontando o que ele considera indícios — de que o governo Lula atua para chegar à bomba nuclear. Segundo ele, potencialmente, o  Brasil está mais perto de consegui-la do que outros países incluídos numa lista de suspeitos. Essa é mais uma das “conquistas” da política externa brasileira conduzida por Lula e Celso Amorim.

A defesa que o Brasil faz do programa nuclear iraniano joga uma sombra de suspeição sobre o programa nuclear brasileiro, nem todo ele submetido ao controle da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Mais: segundo o governo brasileiro, quem tem bomba não pode exigir que o outro não a tenha. Lido de outro modo: se um tem, todos podem ter. Estamos diante do primado da corrida nuclear.

O debate está crescendo. O Brasil está entrando na lista dos suspeitos. A versão online da Der Spiegel publica hoje uma entrevista com Samuel Pinheiro Guimarães, o verdadeiro mentor intelectual da guinada para a esquerda do Itamaraty. Atualmente, ele ocupa a Sealopra, aquela ex-Secretaria de Assuntos de Longo Prazo (?), rebatizada de “Assuntos Estratégicos”. Guimarães nega a intenção de fazer a bomba, é claro. Mas concede uma entrevista que só vai alimentar as suspeitas.

Ele reafirmou o caráter pacífico do programa nuclear brasileiro, reitera a disposição constitucional a respeito e diz que o Brasil preserva seus reatores da inspeção da AIEA porque se trata de segredo industrial, já que representa o desenvolvimento de uma tecnologia nacional. Diz ainda que um artefato nuclear requer urânio enriquecido a 90%, e o que, no Brasil, chega-se, no máximo, a 19%.

O embaixador já criticou a adesão do Brasil ao Tratando de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Ele tenta explicar por quê. Segundo afirma, o tratado busca impedir uma guerra, mas não impede a disseminação de armas atômicas. Diz que as potências não cumprem o compromisso do desarmamento, mas forçam a mão na questão da não-proliferação.

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É nesse ponto que o discurso do governo brasileiro começa a ficar ambíguo: dá a entender que, já que uma coisa não é cumprida, a outra também pode ser descumprida.  Junte-se essa conversa mole ao apoio incondicional ao Irã e ao fato de que, com efeito, parte do programa nuclear brasileiro não passa por inspeção, e a confusão está formada.

Guimarães insiste também na tese de que existe uma espécie de conspiração dos países ricos contra os emergentes: tentariam evitar o desenvolvimento da energia nuclear  por razões puramente econômicas. Quanto ao Irã, diz que a ONU nunca sustentou que o país está fabricando a bomba e que o Brasil é soberano para se relacionar com quem quiser.

A revista lembra que tal posição pode comprometer a intenção do país de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Segundo Guimarães, isso pouco importa porque o Brasil não se deixará “chantagear” (!).

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Resumo da ópera: se era para Samuel Pinheiro Guimarães desfazer a má impressão que a posição do Brasil já causa hoje no mundo, conseguiu fazer o contrário.

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