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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

O Apedeuta e o subjornalismo livre como um táxi

Alguns leitores me dizem que não é Franklin Martins, o ministro da Propaganda, o responsável por haver no Brasil publicações com anúncios de estatais e do governo, mas sem leitores. Estamos falando de coisas ridículas, que vendem em banca menos de 10 mil exemplares — o número de novas visitas únicas deste blog em uma […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h23 - Publicado em 22 dez 2008, 19h42
Alguns leitores me dizem que não é Franklin Martins, o ministro da Propaganda, o responsável por haver no Brasil publicações com anúncios de estatais e do governo, mas sem leitores. Estamos falando de coisas ridículas, que vendem em banca menos de 10 mil exemplares — o número de novas visitas únicas deste blog em uma hora… Ora, eu sei que Franklin obedece a uma diretriz do chefe. É o chefe é o Apedeuta. Afirmei isso em um dos textos. Sempre que um ministro de estado toma uma decisão, ele o faz em nome do presidente.

O mais engraçado nos subjornalistas mantidos pelo dinheiro público e que eles se dizem “independentes”, “livres” — livres como “um táxi” (parece que a expressão é de Millôr, a verificar). Táxi não é assim? A gente entra, fecha a porta, dá o destino, e o motorista, mediante pagamento, faz o que lhe é pedido. Assim é o subjornalismo livre como um táxi: o governo ordena, e os anões e mãos-peludas obedecem. No fim, apresentam o valor da corrida. Ganham o quê? Para todos os efeitos, há o registro de uma “verdade oficial” fingindo-se de jornalismo. E os prestadores de serviço fazem qualquer negócio. Há entre eles um anão moral que se orgulha de ter dado porrada na própria mãe. Não é metáfora. Falo mesmo de bater na mãe. Ele exibe esse feito como prova de sua valentia minúscula.

A escolha de Franklin para ser o Virgílio de Lula, diga-se, gerou alguma ciumeira no jornalismo adesista-esquerdopata. Havia dois anões morais candidatos ao cargo, mas o Apedeuta preferiu o gigante “que luta sem limites”. Os outros já tinham a reputação enlameada por sua longa trajetória de tramóias. De um deles, Paulo Francis dizia que recebia banqueiros sempre de joelhos. Observei, então, que Francis poderia ter-se enganado: parecia de joelhos, mas estava tocando flauta em pé mesmo. Agora ele se tornou radical de esquerda de novo… Mas volto. A reputação de Franklin era um pouco melhor. E ele, sem dúvida, é muito mais inteligente e preparado do que o terceiro escalão do jornalismo de serviços — que, como vocês sabem, pode não se distinguir do simples e puro assalto ao erário.

Se a tese é ruim, um profissional como Franklin pode ser pior (para o país) do que o puxa-saquismo amador e escancaradamente venal. Porque conseguirá emprestar a aparência de coisa normal e corriqueiro ao que normal e corriqueiro não é. E é evidente que não é normal que uma revista quase clandestina conte com apoio oficial. E o que ela faz com essa grana? Ataca aqueles que considera inimigos do governo e faz a apologia dos “amigos”.

Essa é a imprensa livre como um táxi. E isso é obra do Apedeuta.

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