O “estilo Eichmann do descompromisso”
De Weimar, leitor deste blog (como todos sabem), sobre o trecho da entrevista de Lula que trata da visita de Ahmadinejad: * É isso aí. A estupidez já começa pela pergunta do jornalista. É o estilo Eichmann de jornalismo, e qualquer assunto fica simples, banal. Dizem por aí, então eu digo; mandaram-me, então eu faço. […]
De Weimar, leitor deste blog (como todos sabem), sobre o trecho da entrevista de Lula que trata da visita de Ahmadinejad:
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É isso aí. A estupidez já começa pela pergunta do jornalista. É o estilo Eichmann de jornalismo, e qualquer assunto fica simples, banal. Dizem por aí, então eu digo; mandaram-me, então eu faço. Não há responsabilidade pessoal, exclui-se a nem sempre perfeitamente traduzível “accountability”. É mera questão diplomática, política. Nenhum vestígio que seja esta, mais do que tudo, uma questão moral.
O problema Ahmadinejad x Israel, como colocado pelo próprio Ahmadinejad, é um problema de todos nós, de cada indivíduo que seja ser pensante, e, nessa qualidade, um ser moral. Há algo claramente doentio em Lula, no Itamaraty, em boa parte do PT. Na nossa gente.
Devo entender desse diálogo entre um jornalista e nosso Presidente que se algum país, pela voz de seu governante, pretendesse varrer do mapa algum país africano, a questão só interessaria aos negros, aos africanos e aos seus descendentes?
Será que, no meu caso, só ao meu nariz (já mencionei, de outra vez, que ele é judeu) diga respeito a ameaça contra Israel? Será que tudo é assim tão simples como pensa (pensa?) o governante deste nosso infeliz país?
Não, não prejudicará o PAC, nem a campanha da Dilma. E até ajudará o projeto globalista do Foro de São Paulo. E ainda que nada de positivo venha a trazer a visita, servirá ao menos pra sacanear o Bush. Ah, o Bush se foi! Por que ele se foi? O Obama nem vai se incomodar. Mas mostrará que aqui faço o que eu quiser. Eu sou o cara!
Weimar